Corrida de canoa à vela marca o segundo dia de ação da campanha Eu viro carranca para defender o Velho Chico 2022

06/06/2022 - 17:15

Em sua nona edição, a Campanha Vire Carranca promovida pelo Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco (CBHSF) retoma seus eventos e ações presenciais. E, se no dia 03 de junho o município de Gararu (SE) apresentou um pouco da sua cultura aos seus moradores e visitantes, no sábado (04) trouxe um evento que é tradicional na região: a corrida de canoa à vela.


O céu, que pela manhã estava encoberto por nuvens, não atrapalhou a beleza única do Velho Chico. Entre nuvens carregadas de chuva e esperança para os sertanejos, a expectativa era de que os ventos soprassem a favor dos competidores no trecho entres as cidades de Traipu (AL) e Gararu (SE). As canoas coloridas e de longas velas se misturam ao brilho do rio São Francisco e propiciam um espetáculo aos olhos de quem acompanha a corrida.

Típica da região do Baixo São Francisco, a corrida de canoa à vela é uma disputa emocionante. As canoas, construídas pelas equipes competidoras, misturam beleza e imponência. Logo, a chuva trouxe o vento necessário para o início da prova. Seis canoas disputaram a corrida a partir do trecho da fazenda “O Gordo” que fica no estado de Alagoas. Cada equipe, composta por seis integrantes, fez sua estratégia para realizar o percurso no menor tempo possível e assim, conquistar o primeiro lugar. Ao se aproximar da metade da prova, duas canoas infelizmente viraram e perderam algumas colocações, mas conseguiram concluir a prova. Após cerca de 30 minutos, as primeiras canoas que chegaram em Gararu (SE) foram Garcinha (1º), Marcela (2º) e Antonela (3º). Logo em seguida chegaram no município sergipano as embarcações Dominique (4º), Lua Branca (5º) e Elisa (6º).


Confira as fotos da travessia:


Para Douglas Santos, um arapiraquense que mora em Traipu (AL) e representou a equipe campeã – Garcinha – ter integrantes em sintonia é importante para a realização de uma boa prova. “A experiência de todos conta muito nesse momento da prova onde é exigida força, técnica e a virada da vela no momento certo para que a canoa não vire. Tivemos calma para concluir a prova bem. O Velho Chico nos proporciona momentos incríveis e a prática esportiva é uma delas”, disse.

O Velho Chico propicia aos seus ribeirinhos, barqueiros e pescadores o sustento, belas histórias, momentos de reflexão e muitos outros benefícios que tanto trazem realizações e colaboram para o desenvolvimento deste município. Para quem mora em Gararu acordar todos os dias observando a beleza dele através da janela da sua casa é um grande privilégio e quando ocorrem as competições de canoa à vela, a cidade fica mais movimentada. Segundo Elísio Marinho, membro do CBHSF e secretário da Agricultura e Meio Ambiente de Gararu, esse esporte que é praticado de forma recorrente no baixo São Francisco merece ser reconhecido. “O investimento nesse esporte que já é uma tradição na região trará valorização cultural e reconhecimento para os nossos barqueiros. É disso que precisamos, de visibilidade”, pontuou.


Assessoria de Comunicação do CBHSF:
TantoExpresso Comunicação e Mobilização Social
*Texto: Deisy Nascimento
*Foto: Edson Oliveira