Sala de monitoramento da cheia do rio São Francisco segue acompanhando elevação do rio de modo on-line

31/01/2022 - 17:35

A Sala de Monitoramento da Cheia do Rio São Francisco, instalada na cidade de Petrolina (PE) encerrou as atividades presenciais na última quinta-feira (27). A Sala, criada com o objetivo de acompanhar a elevação do nível do rio e seus impactos para as comunidades da Bacia, uma iniciativa inédita do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco (CBHSF) no âmbito da Câmara Consultiva Regional do Submédio São Francisco (CCR), segue acompanhando as vazões de modo virtual.

O trabalho iniciado no dia 21 de janeiro congregou ações de monitoramento e divulgação das vazões, além de emitir alertas às comunidades sobre a importância da não ocupação do leito do Rio São Francisco. “O objetivo da sala de monitoramento foi integrar as informações, uma das missões do Comitê de Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco. Então, buscamos integrar os dados e socializar com todos os ribeirinhos, seja poder público municipal, sociedade civil, comunidade de agricultores familiares, pescadores, comunidades quilombolas, indígenas, piscicultores, enfim, buscamos informar a todos utilizando o apoio da imprensa e promovendo o compartilhamento das informações. Acredito que o objetivo da sala de monitoramento, que pode servir como modelo para outras experiências em outras regiões, foi alcançado e foi de fundamental importância. Agora, vamos continuar com a sala de monitoramento online”, afirmou o coordenador da CCR Submédio São Francisco, Cláudio Ademar.

A Sala funcionou na Agência Municipal de Meio Ambiente de Petrolina. Além de emitir comunicados às cidades ribeirinhas, associações e entidades diversas, a comitiva composta pelo secretário do CBHSF, Almacks Luiz Silva, o coordenador da CCR Submédio, Cláudio Ademar e o diretor de Comunicação do CBHSF, Paulo Vilela, se dividiu em atividades de coleta de imagens, entrevistas com as comunidades e concessão de entrevistas aos veículos de comunicação das cidades de Petrolina, Juazeiro (BA), Cabrobó (PE) e Abaré (BA), além de veículos da região do Baixo São Francisco.

A comitiva realizou visitas à hidrelétrica de Sobradinho, às localidades atingidas pela cheia, como a comunidade do Rodeadouro e o bairro Angary, onde vivem pescadores artesanais que precisaram deixar suas casas após o alagamento causado pela subida do rio – que hoje está em 4.000m³/s e segue neste patamar até o dia 01 de fevereiro.


Comitiva da Sala de Monitoramento visitou localidades atingidas pelos efeitos da cheia


Últimas ações presenciais

Encerrando as atividades presenciais, o secretário Almacks Luiz, acompanhado do presidente do Comitê da Bacia Hidrográfica do Lago de Sobradinho (CBHLS), Francisco Ivan de Aquino, esteve ainda na barragem São Geraldo, em Juazeiro, local onde deságuam todas as águas pluviais da cidade e encontram com o rio São Francisco. Neste mesmo espaço, assim como os canais urbanos de boa parte das cidades brasileiras e municípios da Bacia, também deságua parte do esgoto da cidade, sem tratamento.

Com a elevação do volume, as comportas da barragem São Geraldo precisaram ser fechadas a fim de impedir que a água do rio invada a cidade, já que o município é cortado por canais. No local foram instalados equipamentos que realizam o trabalho de bombeamento do canal. Já em Petrolina, o aumento da vazão do Rio fez com que ele voltasse a ocupar áreas a que originalmente pertence, e com isso, poços de visita da Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) ficaram submersos gerando uma alta pressão em outra parte da tubulação próxima ao rio.

“A criação da sala de monitoramento foi uma ação positiva que teve o apoio de todas as instâncias do Comitê, o que possibilitou um trabalho coordenado entre a CCR, a diretoria do CBHSF e do nosso setor de comunicação, que abriu espaços importantes junto aos veículos de imprensa para que pudéssemos falar sobre as implicações deste momento de cheia do rio São Francisco. Com essa experiência, acredito que podemos avançar no sentido de pensar na criação de um grupo de trabalho de monitoramento de vazão para tornar essa linguagem fácil e acessível para todas as populações”, concluiu o secretário do CBHSF, Almacks Luiz.

 

Assessoria de Comunicação CBHSF:
TantoExpresso Comunicação e Mobilização Social
*Texto: Juciana Cavalcante
*Fotos: Juciana Cavalcante