03 de junho – Dia Nacional em Defesa do Velho Chico

03/06/2022 - 15:15

Não existe rio sem povo. Não existe povo sem rio.

Não existe rio sem povo. Não existe povo sem rio.

O São Francisco é assim, múltiplo,

porque é de todos, de muitos jeitos,

com muitas histórias e olhares.

Um rio feito de afluentes e de culturas diferentes,

que chegam de todos os cantos e criam algo único.

Alto, Médio, Submédio, Baixo,

inteiro São Francisco.

 

Pra ver o Velho Chico inteiro, de verdade,

tem que enxergar com o coração.

A arte tem que brilhar na retina,

a economia tem que vibrar,

a vida tem que pulsar. O Velho Chico das águas,

da fauna, da flora,

da cultura, da oportunidade,

das pessoas e dos sonhos.

Múltiplo, diverso, infinito.

Um rio que transborda trabalho, esperança,

novas histórias e novas realidades.

 

Porque o Velho Chico é uma contradição:

ao mesmo tempo em que está sempre mudando,

que é sempre novo,

nunca deixa de ser o mesmo em sua essência,

em sua força.

 

Por isso, cuidar do Velho Chico,

é cuidar do eterno e também do efêmero.

É perceber que as águas são o começo,

mas que existe muito mais além

do que a vista alcança.

 

Porque o São Francisco tá nos olhos,

tá nas mãos, tá na memória,

tá no sangue de todos nós.

E agir pelo rio, é agir pelas pessoas.

É agir pela vida e pelo futuro.

 

E é por isso que eu digo,

com a certeza de quem é um pouco Velho Chico também,

que o Velho Chico são muitos.

E se a gente cuidar,

vai ser cada vez mais.

 

O Velho Chico são muitos.

Que Velho Chico é você?

Por: Maurilo Andreas

Foto: Rodrigo de Angelis