Yvonilde Medeiros participa de debate sobre ciência, tecnologia e inovação no contexto do novo Plano Nacional de Recursos Hídricos

06/11/2020 - 13:10

O Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco (CBHSF), por meio da professora da Universidade Federal da Bahia (UFBA), Yvonilde Medeiros, participou do webinar de capacitação promovido pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), em parceria com o Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR), no dia 05 de novembro. O objetivo foi debater o tema Ciência, Tecnologia e Inovação no novo Plano Nacional de Recursos Hídricos (2022-2040).

Participaram do debate além de Yvonilde Medeiros, o coordenador geral do Mestrado Profissional em Rede Nacional em Gestão e Regulação de Recursos Hídricos (ProfÁgua), Jefferson de Oliveira e o analista em infraestrutura e coordenador lotado na SNSH/MDR, Alexandre Saia. O webinar foi moderado pelo representante da Secretaria Nacional de Segurança Hídrica, Irani Ramos.

O novo PNRH está sendo elaborado pelo Ministério do Desenvolvimento Regional e pela ANA mediante uma estratégia participativa dos diversos atores e interessados na agenda de recursos hídricos do país. Com horizonte até 2040, o novo Plano Nacional buscará uma gestão dos recursos hídricos mais eficaz e inovadora a fim de prevenir e minimizar problemas relacionados ao acesso à água em quantidade e qualidade adequadas.

O debate

Yvonilde Medeiros falou sobre a importância da ciência, tecnologia e inovação na bacia do São Francisco. “O CBHSF possui um Fórum de Pesquisadores que realiza um Simpósio que este ano terá como tema ‘A importância da Ciência para o futuro do Rio São Francisco’. Por meio de seis mesas redondas baseadas que são metas do Plano Diretor de Recursos Hídricos da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco vamos debater esse tema com pesquisadores, universitários, professores, empresários, consultores ambientais, representantes de organismos não governamentais, representantes dos órgãos de Governo em todas suas esferas, representantes de entidades usuárias dos recursos hídricos, empresas de consultoria em temas ambientais e demais interessados”.

A palestrante esclareceu que o Simpósio é uma reunião científica de caráter nacional, promovido pelo Fórum de Pesquisadores de Instituições de Ensino Superior do Rio São Francisco juntamente com o CBHSF. O evento ocorrerá de forma on-line, nos dias 07, 09, 11, 14, 16 e 18 de dezembro de 2020. Convido os interessados a participar e acessar o site do evento”. Para informações sobre o III Simpósio da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco (SBHSF) acesse https://sbhsf.com.br/

Convivo, tanto por meio de pesquisas na universidade, quanto na minha atuação no Comitê, com uma bacia marcada por grandes conflitos. Por meio da academia é possível dialogar com as instâncias dos Comitês de bacia e auxiliar no debate e tomadas de decisão. É a ciência e a tecnologia inovando no âmbito dos Comitês”, conta.

Já Jefferson de Oliveira esclareceu sobre o Mestrado Profissional em Rede Nacional em Gestão e Regulação de Recursos Hídricos (ProfÁgua). “O programa de pós-graduação é voltado para profissionais que atuam em órgãos gestores de recursos hídricos nas esferas federal, estadual e municipal. O objetivo é formar profissionais de agências de água, comitês de bacias hidrográficas ou conselhos de recursos hídricos. Neste mestrado os trabalhos de conclusão do curso deverão ter um caráter de conhecimento aplicado, podendo ser no formato de manuais operativos, relatórios técnicos, aplicativos, patentes, artigos, sistemas ou mesmo dissertações”.

O último palestrante, Alexandre Saia, apresentou o Programa Água Doce que é uma ação do Governo Federal, coordenada pelo MDR, em parceria com instituições federais, estaduais, municipais e sociedade civil. “O objetivo do programa é estabelecer uma política pública permanente de acesso à água de qualidade para o consumo humano por meio do aproveitamento sustentável de águas subterrâneas, incorporando cuidados técnicos, ambientais e sociais na implantação e gestão de sistemas de dessalinização no semiárido brasileiro. Isso levando-se em consideração a característica da presença de sais nas águas subterrâneas desta região”.

O palestrante mostrou que um dos maiores desafios do Programa Água Doce é contribuir com a criação de estruturas permanentes de gestão dos sistemas de dessalinização, tanto nos estados quanto nos municípios e nas comunidades. “A experiência de programas anteriores ensinou que instalar ou recuperar sistemas de dessalinização não é suficiente para garantir a oferta continuada de água de boa qualidade para as famílias do semiárido. É preciso, também, investir na organização de mecanismos de gestão que viabilizem o funcionamento dos sistemas de dessalinização a médio e longo prazo”, explicou.

O webinar está disponível no canal da ANA no YouTube e no site da instituição 

 

Assessoria de Comunicação CBHSF:
TantoExpresso Comunicação e Mobilização Social
*Texto: Luiza Baggio