Vapor Benjamim Guimarães é retirado da água para início das obras de restauração

10/11/2020 - 17:30

Depois de um trabalho árduo, que durou dois dias, 7 e 8 de novembro, a empresa Indústria Naval Catarinense (INC), ganhadora da licitação para os serviços de restauração do Vapor Benjamim, finalizou a docagem da embarcação, ou seja, a retirou da água para doca seca, onde será realizada a reforma.

De acordo com a empresa, a docagem estava prevista para durar três dias, mas com o esforço de vários colaboradores, essa etapa inicial do processo de restauração foi concluída com um dia de antecipação, na tarde de domingo (08/11).

Durante a retirada, a popa do vapor chegou a ficar submersa, mas segundo o diretor da INC, Josuan Moraes Jr., não houve danos materiais. “A retirada do vapor é um dos processos mais complexos, talvez seja a etapa mais difícil. Além disso, o baixo nível do rio deixou a rampa de acesso mais íngreme e o terreno arenoso impede o tracionamento das máquinas. Quando você puxa a proa da embarcação para fora é natural que, nesse tipo de operação, a popa alague. Como a embarcação é mais antiga não tem praça de máquina, e só os porões vazios que encheram de água”, explicou Josuan.

Em decorrência do alagamento da popa, ao retirar o vapor da água, o casco sofreu uma avaria. “Esse peso a mais por causa da água que entrou somado à estrutura fragilizada (a embarcação foi construída em 1913) levou o casco a uma torção que será corrigida durante a restauração. Sei da importância do Benjamim Guimarães para a cidade e também para o Brasil, portanto, gostaria de salientar que a embarcação será 100 % restaurada. Alguns materiais serão trocados e outros recuperados e em breve o vapor estará nas águas do Rio São Francisco novamente”, disse o diretor da INC.


Veja mais fotos do vapor Benjamim Guimarães: 


A obra

A restauração inclui vários serviços, como a recuperação e substituição da estrutura do casco, das estruturas em madeira, incluindo pisos, divisórias, esquadrias, escadas, parte elétrica, hidrossanitárias e de prevenção e combate a incêndio e pânico. Além disso, os sistemas de governo, de telégrafo e das máquinas alternativas de propulsão também serão recuperados.

O prazo para conclusão da obra é de seis a oito meses, conforme o cronograma do convênio e do projeto executivo contratado pelo Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico –Iepha/MG, contados a partir da conclusão do processo licitatório e assinatura do contrato.

A ação de reforma e restauração da embarcação, incluída no âmbito do Projeto Estratégico Minas Cultural, do Governo de Minas Gerais, teve seus recursos viabilizados a partir de convênio firmado com a União, por intermédio do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – Iphan.

 

Assessoria de Comunicação CBHSF:
TantoExpresso Comunicação e Mobilização Social
*Texto e fotos: Tiago Rodrigues