Cinco cidades do Baixo São Francisco estão participando da segunda oficina setorial para elaboração do Plano Municipal de Saneamento Básico. Os grupos de trabalho definidos pelas gestões de cada município mais a população, participam do encontro em formato virtual com o objetivo de auxiliar no processo de construção do documento que vai apontar os principais problemas e também indicar as soluções mais viáveis.
Na terça-feira (17), as reuniões promovidas pela empresa Premier Engenharia, contratada pelo Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco, financiador da ação através da Agência Peixe Vivo, aconteceram para os moradores das cidades alagoanas de Olivença e São José da Tapera. Nesta fase, as oficinas setoriais têm o objetivo de construir propostas de programas, projetos e ações do PMSB a partir dos problemas identificados na etapa de diagnóstico e atender as metas de prognóstico e medidas do cenário de referência escolhido.
Com o período de planejamento estimado em 20 anos, compreendendo os anos de 2022 a 2041, o plano pretende resolver carências de abastecimento de água garantindo eficácia no fornecimento, proteger mananciais, assegurar a qualidade da água distribuída à população, preservando os padrões de potabilidade vigente, e reduzir as perdas de água. Quanto ao esgotamento sanitário, deve oferecer condições sanitárias adequadas à população do município que convive diariamente com os diversos riscos advindos de lançamento irregular de esgoto doméstico, implantar e ampliar a cobertura com os serviços de esgotamento sanitário ao longo dos próximos anos, realizar o monitoramento do esgoto bruto e tratado, e do corpo do receptor.
Para o eixo dos resíduos sólidos, o PMSB prevê a implantação de campanhas permanentes de educação ambiental que promovam a não geração, a redução, a reutilização e a reciclagem de resíduos sólidos urbanos buscando a excelência na qualidade dos serviços de coleta de resíduos sólidos e de limpeza urbana, ampliação da coleta convencional e implantação da coleta seletiva para toda a população. Para a drenagem de águas pluviais, deve ampliar o sistema de macrodrenagem atendendo a demanda de urbanização do município, criar nos cidadãos uma consciência de preservação dos recursos hídricos, coibindo o lançamento de resíduos sólidos e esgotos sanitários na rede de drenagem pluvial e cursos d’água e promover a manutenção preventiva e corretiva do sistema de drenagem do município.
Estes objetivos devem garantir o atendimento com água potável de 99% da população, atender, com coleta de esgoto, no mínimo 90% da população, e 100% dos moradores com coleta convencional e seletiva, além de implantar rede de drenagem em todas as vias da sede, controlando as perdas físicas de água em imediato com adoção de programas específicos ao longo de período de planejamento. Também deve garantir que o lançamento irregular de esgotos nas vias e cursos d’água entrem em declínio em virtude da implementação do sistema de coleta e tratamento de esgoto, e que a estrutura organizacional do setor responsável pela gestão dos resíduos sólidos estejam em evolução contínua com consequentes resultados positivos em termos operacionais, e ainda possibilitar que o assoreamento dos cursos d’água se apresentem em menor escala, mesmo continuando a ser um desafio para a administração pública.
O engenheiro Pablo Cunha lembrou que, em linhas gerais, as cidades enfrentam desafios muito semelhantes e ressaltou sobre o despejo do esgoto no rio sem qualquer tipo de tratamento. De acordo com ele, uma situação que precisa ser vista com muita preocupação e prioridade pelas gestões municipais é o fato de existirem muitas famílias sem acesso a banheiro em suas casas.
A moradora da comunidade, Poliana Tenório, pontuou que entre as situações mais preocupantes gerando problemas diversos para a própria comunidade está o despejo de lixo, incluindo até mesmo móveis, nos rios. “Isso provoca uma série de problemas e a gente precisa ter consciência de que essa atitude é muito prejudicial e o plano pode nos ajudar a conscientizar as pessoas sobre as próprias atitudes”
As oficinas setoriais seguem até o dia 27 de agosto de modo virtual. Acompanhe o cronograma:
18/08/2021
Olivença – Setor 2 – 09:00hs
https://meet.jit.si/OficinaPMSBSetor2Olivença)
São José da Tapera – Setor 2 – 15:00hs
https://meet.jit.si/OficinaPMSBSetor2SaoJoseDaTapera
Assista também de forma híbrida na Escola Agostinho dos Anjos, localizada no Povoado Caboclo
19/08/2021
Águas Belas – Setor 1 – 14:30hs
https://meet.jit.si/OficinaPMSBSetor1AguasBelas
20/08/2021
Águas Belas – Setor 2 – 14:30hs
https://meet.jit.si/OficinaPMSBSetor2AguasBelas
23/08/2021
Porto da Folha – Setor 3 – 14:30hs
https://meet.jit.si/OficinaPMSBSetor3PortoDaFolha
Assista também de forma híbrida na Escola Municipal Antônio Pereira Feitosa, localizada no Povoado Lagoa Redonda
Dia 24/08/2021
Águas Belas – Setor 3 – 14:00hs
https://meet.jit.si/OficinaPMSBSetor3AguasBelas
Porto da Folha – Setor 2 – 17:30hs
https://meet.jit.si/OficinaPMSBSetor2PortoDaFolha
25/08/2021
Senador Rui Palmeira – Setor 1 – 14:00hs
https://meet.jit.si/OficinaPMSBSetor1SenadorRuiPalmeira
Assista também de forma híbrida na Câmara dos Vereadores, localizada no Centro
Porto da Folha – Setor 1 – 17:30hs
https://meet.jit.si/OficinaPMSBSetor1PortoDaFolha
26/08/2021
Senador Rui Palmeira – Setor 2 – 14:00hs
https://meet.jit.si/OficinaPMSBSetor2SenadorRuiPalmeira
Assista de forma híbrida também na Sede do CACTUS, localizado no Povoado Candunda
27/08/2021
Águas Belas – Setor 4 – 14:30hs
https://meet.jit.si/OficinaPMSBSetor4AguasBelas
Assista de forma híbrida também na Escola Manoel Francisco dos Santos, localizada no Povoado Curral Novo
Assessoria de Comunicação CBHSF:
TantoExpresso Comunicação e Mobilização Social
*Texto: Juciana Cavalcante
*Foto: Bianca Aun