PMSB: Cidades da Bahia e Pernambuco, no Submédio São Francisco, realizam 2ª Conferência Municipal

13/05/2022 - 16:35

Com foco no que pode melhorar para as comunidades e buscando um equilíbrio para a bacia do rio São Francisco, os Planos Municipais de Saneamento Básico, em construção em mais seis cidades do Submédio São Francisco, avançaram para a fase das últimas conferências. Realizadas durante os dias 10 a 13 de maio, as conferências são os espaços de apresentação dos dados colhidos ao longo dos últimos meses e também dos apontamentos para viabilizar soluções aos problemas que mais assolam as populações e afetam dramaticamente os recursos hídricos.


Santa Filomena, Dormentes e Afrânio, no Estado de Pernambuco, e Sobradinho, Ourolândia e Campo formoso, na Bahia, realizaram a segunda conferência municipal de apresentação dos prognósticos do PMSB. Acompanhando as conferências e a participação da sociedade e de todos os entes públicos, o membro do CBHSF e presidente do Comitê da Bacia Hidrográfica do Lago de Sobradinho, Francisco Ivan de Aquino, pontuou sobre a necessidade do envolvimento da comunidade e dos poderes constituídos.

“Iniciamos a semana com a realização da plenária de Dormentes e Santa Filomena onde tivemos uma boa participação e bons debates. Reforçamos para a população o compromisso social do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco, por meio da Câmara Consultiva Regional do Submédio, em relação à contribuição com os municípios em fazer cumprir o que a lei determina no quesito obrigatoriedade da elaboração dos planos de saneamento. Já em Afrânio fiquei preocupado com a baixa adesão da população e do poder público, que mesmo tendo sido convidados pelos mais diversos meios, houve pouca participação. Isso nos faz reforçar que a importância de todos os entes é fundamental para o sucesso dos estudos. As conferências são os espaços de conhecimento e discussão que se enriquecem com a contribuição popular”, afirmou.

Sobradinho (BA), onde a comunidade inicialmente era essencialmente composta por funcionários dos mais diversos setores da construção da hidrelétrica, tornou-se, há 33 anos, município emancipado, o que ocorreu logo após a inauguração da UHE. De acordo com o chefe de gabinete, Joselito Santos Macedo, o município enfrenta problemas crônicos, mas agora já se pode visualizar soluções concretas, a partir do plano de saneamento. “Sobradinho é um município novo, oriundo da construção da barragem, e na época não houve investimento suficiente para a infraestrutura de uma cidade porque pensavam que ao término da obra as pessoas iriam embora, o que não aconteceu. Foi só quando Sobradinho se tornou cidade que as coisas começaram a acontecer, mas infelizmente, devido à escassez de recursos, os problemas se acumulam. Aqui é feito o esgotamento da área urbana, mas a verdade é que os efluentes são lançados a céu aberto onde parte é absorvido pelo solo e outra parte é lançado no rio São Francisco”, afirmou Macedo.


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Ainda de acordo com o chefe de gabinete, com os estudos se encaminhando para a reta final, a gestão do município deve apresentar o PMSB ao Governo Federal e demais instâncias competentes. “Teremos em muito pouco tempo um plano com dados estatísticos, apresentando inclusive o volume a ser trabalhado e é de posse desse documento que iremos pleitear a melhoria dessas condições. Vale destacar que esse documento foi construído a muitas mãos, tivemos a participação ativa das secretarias de Saúde, Infraestrutura, Fazenda, do Gabinete da Prefeitura, além de órgãos como o SAAE, movimentos sociais e da população. Foi uma construção democrática, o que nos deixa bastante satisfeitos com o Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco, a Agência Peixe Vivo e com a Cobrape”, pontuou.

Representando o Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE), Fabrício Viana Lopes reforçou a dificuldade sentida pela maioria dos municípios de pequeno porte quanto ao acesso a recursos federais. “Hoje é muito difícil aportar recursos do Governo Federal e do Estado e por isso o financiamento deste plano por parte do Comitê vem em um momento importante porque ele é essencial para a captação de recursos. É uma ferramenta que a gente tem como pleitear. É muito importante este trabalho que está sendo feito pelo Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco, através da Agência Peixe Vivo, junto com os demais órgãos”, concluiu.


Assessoria de Comunicação do CBHSF:
TantoExpresso Comunicação e Mobilização Social
*Texto: Juciana Cavalcante
*Fotos: Juciana Cavalcante; Francisco Ivan