Foi entregue, na última quinta-feira, 25/01, o Projeto de Recuperação Hidroambiental da Bacia do Córrego Confusão, um dos afluentes que abastece o São Francisco, localizado no município de São Gotardo (MG).
Iniciado em julho de 2016, o projeto foi realizado em duas etapas: a primeira consistiu na instalação de aproximadamente 300 barragens de contenção de água pluvial (barraginhas) com objetivo de reter a água da chuva para melhor impermeabilização no solo. A segunda etapa foi a recuperação da área, principalmente a região da nascente, com a instalação de canaletas e escadas hidráulicas evitando-se o escoamento de sólidos e resultando em um aumento de água no reservatório.
Wilson José da Silva, membro do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco, ressaltou a importância da Cobrança pelo Uso da Água. “Entregamos uma obra importante e a sua conclusão vem mostrar o porquê da cobrança pelo uso dos recursos hídricos na bacia do Velho Chico. Sem esses recursos não seria possível realizar a obra. O nosso objetivo é dar seguimento aos projetos de recuperação e de saneamento em toda a bacia do São Francisco”, explicou.
A secretária de Meio Ambiente e Agricultura do Município de São Gotardo, Leidiane Gonçalves de Paula, destacou o sucesso da obra. “O projeto foi um aprendizado constante. Além das obras, todo o processo de mobilização social e o envolvimento da comunidade foi primordial para o sucesso do projeto. Queremos dar continuidade, queremos plantar, realizar o diagnóstico da bacia do Confusão, enfim, queremos seguir adiante nesse processo tão importante de revitalização”, comemora.
Confira as fotos:
O córrego Confusão foi alvo de descaso e vítima de um processo de degradação, como a exploração desenfreada para atender a interesses econômicos, como a criação de gado e plantio de eucalipto próximo às suas margens. Empresas instaladas em seu entorno e alguns proprietários de terras que o margeiam não ajudavam na proteção do curso d’água.
O projeto contou com a construção de canaletas, escadas de descida de água, barraginhas, cercamento de Áreas de Proteção Permanente, plantio de braquiara e instalação de placas indicativas. Foram investidos R$700 mil pelo CBHSF.
Por Mariana Salazar