O Fórum das Instituições de Pesquisa da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco (FIENPE) se reuniu, nos dias 16 e 17 de maio, de forma híbrida, para aprovar o regimento interno que dispõe sobre o seu funcionamento e organização. O FIENPE atua como um espaço permanente de interlocução das instituições de ensino e pesquisa, tendo como principal objetivo a proposição de ações para a boa gestão da bacia hidrográfica do Rio São Francisco.

O FIENPE É vinculado à Diretoria Colegiada (DIREC) do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco (CBHSF) e tem caráter propositivo e consultivo. Seus membros são obrigatoriamente docentes ou pesquisadores de instituições de ensino superior ou de pesquisa da bacia do Velho Chico.

Melchior Carlos do Nascimento, membro do Fórum e do CBHSF esclarece que a instituição não compete com as atribuições da Câmara Técnica de Planos, Programas e Projetos. “Nosso objetivo é ampliar as estratégias de pesquisa não somente no âmbito das ações que o CBHSF se propõe a fazer neste contexto, como também nos grupos de pesquisa que atuam nas instituições de ensino e pesquisa de ensino superior e de empresas de pesquisa, como por exemplo a EMBRAPA [Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária]”, disse.

Durante a reunião, o Fienpe também definiu a composição do V Simpósio da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco (SBHSF). São eles: Yvonildes Medeiros, Andrea Souza Pontes, Melchior Carlos do Nascimento, Paulo Roberto de Moura Souza Filho, Kleyton Monteiro e Carlos Alexandre.

Atualmente, dez universidades, todas com atuação na bacia do São Francisco integram o FIENPE: Universidade de Brasília (UNB), Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Universidade Federal do Oeste Baiano (UFOB), Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), Universidade Federal de Sergipe (UFS), Universidade Federal de Alagoas (UFAL), Universidade Federal do Vale do São Francisco (UNIVASF), Universidade Federal da Bahia (UFBA), Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB).

Rede de Monitoramento da Qualidade das Águas do São Francisco

A proposta de uma rede de monitoramento da qualidade das águas do baixo São Francisco foi apresentada durante a reunião do FIENPE. A rede buscará padronizar os procedimentos de coleta e análise das amostras de qualidade das águas, de forma a tornar os resultados confiáveis e sujeitos à comparação. A ideia é estruturar a rede de acordo em quatro componentes, de acordo com o atendimento de seus objetivos:1) Componente rede de monitoramento do Baixo São Francisco; 2) Padronização; 3) Laboratórios e 4) Capacitação.

O objetivo é eliminar as lacunas geográficas e temporais no monitoramento da qualidade das águas; tornar as informações comparáveis em âmbito regional; aumentar a confiabilidade das informações; avaliar, divulgar e disponibilizar à sociedade as informações.

O monitoramento da qualidade das águas do baixo São Francisco é realizado atualmente por diversas instituições e órgãos públicos de forma esporádica. Não existem procedimentos padronizados de coleta, frequência e análise das informações. Os procedimentos de coleta e análise devem ser uniformes para permitir a comparação dos resultados e tornar possível que se apliquem as experiências em diferentes locais.

Os membros do FIENPE encaminharam que o monitoramento deve ser realizado em toda a bacia (Alto, Médio, Submédio e Baixo São Francisco). A proposta será apresentada ao CBHSF.

“Para que a qualidade das águas do São Francisco de fato melhore as ações precisam ser em toda a bacia, desde a calha em Minas Gerais até a foz, entre Alagoas e Sergipe. Não podemos priorizar somente uma região”, afirmou Yvonilde Medeiros.

Assessoria de Comunicação do CBHSF:
TantoExpresso Comunicação e Mobilização Social
*Texto: Luiza Baggio
*Foto: Juciana Cavalcante