20/12/2021 - 15:55
Na última semana, o Submédio São Francisco recebeu equipes técnicas da empresa ASL Consultoria, contratada pelo Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco através da Agência Peixe Vivo, para elaboração do termo de referência para execução do projeto de requalificação ambiental na cidade de Jacobina (BA).
A demanda partiu da Secretaria Municipal de Agricultura e foi selecionada através do Edital de Chamamento Público nº 01/2018, lançado pelo CBHSF com o objetivo de receber demandas espontâneas para a seleção de propostas de projetos relativos ao Eixo V – Biodiversidade e Requalificação Ambiental, concernente ao Plano de Recursos Hídricos da Bacia (PRH-SF). A secretaria solicitou a construção de estruturas de conservação do solo e da água visando a implantação de ações descritas no diagnóstico e plano de ações na bacia do rio Salitre, em Jacobina, também financiado pelo CBHSF e entregue em 2017.
O diagnóstico apontava a necessidade de reverter a degradação ambiental no Vale do Rio Caatinga do Moura, os processos de salinização e alcalinização de solos que impactam fortemente as comunidades e induzem a sobre-exploração dos recursos de água e solo. Diante do cenário, a comunidade aponta a busca de promoção à sustentabilidade que poderá contribuir para a mitigação dos impactos sociais e econômicos das secas periódicas que atingem a região e corrigir o processo de degradação ambiental causado pela conjugação das estiagens com a forte pressão antrópica predominante nas áreas beneficiadas.
Encontro marcou o início da elaboração do termo de referência para execução do projeto
“A vereda da Caatinga do Moura, contribuinte do rio Salitre, teve sua cultura baseada na ocupação de Áreas de Proteção Permanente (APPs) com o plantio de hortifrutigranjeiros e bananas, incentivado, na época, pela Suvale – atual Codevasf. O uso de irrigação por inundação e sistemas de drenagem ineficientes, a ocupação desordenada do vale e das APPs e a falta de água a jusante da barragem da Codevasf agravaram o problema. Na década de 80, com a expansão da área plantada literalmente para leito maior do rio, o problema ficou ainda maior”, explicou o servidor público, Elton Marques.
“A visita a campo possibilita à empresa ASL a elaboração do Termo de Referência (TDR), que deverá ser aprovado pela Agência e apresentado aos demandantes. Após a entrega do TDR, o projeto seguirá para a próxima etapa, que se refere à contratação de uma empresa para execução dos serviços, por meio de processo licitatório a ser aberto pela Agência Peixe Vivo, para efetivação das intervenções propostas pela empresa ASL”, explicou o coordenador dos trabalhos, Erik Cordeiro.
O projeto deve beneficiar diretamente mais de três mil famílias que vivem na comunidade, e em torno de 150 pequenos produtores rurais.
Assessoria de Comunicação CBHSF:
TantoExpresso Comunicação e Mobilização Social
*Texto: Juciana Cavalcante
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