Enquadramento Hídrico: Oficinas Virtuais Impulsionam Diagnóstico de Bacias Afluentes do São Francisco

13/10/2025 - 14:39

A gestão dos recursos hídricos na bacia do Rio São Francisco deu um passo importante na última sexta-feira (10) com a realização de oficinas virtuais participativas focadas na Etapa de Diagnóstico para a elaboração da Proposta de Enquadramento dos Corpos d’Água Superficiais e monitoramento das águas subterrâneas em duas regiões cruciais de afluentes mineiros.


As oficinas, promovidas pelo Comitê da Bacia Hidrográfica do São Francisco (CBHSF) em parceria com os Comitês Afluentes, reuniram gestores públicos, setor privado, usuários de água, instituições de pesquisa e sociedade civil, reafirmando a essencialidade da participação social no processo.

Foco na qualidade da água e instrumentos de gestão

O encontro aconteceu em duas etapas viabilizando a construção de propostas para as bacias hidrográficas dos rios Pandeiros, Pardo, Mangaí e Carinhanha e ainda para a bacia dos rios Urucuia, Paracatu e Alto Preto. Em ambas as regiões o estudo, iniciado em junho e com duração de 17 meses, é financiado pelo Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco, contratado pela Agência Peixe Vivo e executado pela Deméter Engenharia Ltda, compreendendo etapas como diagnóstico, prognóstico, proposta de metas e estratégias para melhorar a qualidade das águas.

Altino Rodrigues, vice-presidente do CBHSF, ressaltou a importância do estudo como base para a construção do Plano Integrado de Recursos Hídricos (PIRH), também em elaboração. Para Rodrigo Teixeira, presidente do Comitê da Bacia Hidrográfica dos Afluentes Mineiros do Médio São Francisco (SF9), o processo é fundamental, “auxiliando na implementação dos instrumentos de gestão dos recursos hídricos na bacia”.



Já na região que engloba as bacias dos rios Urucuia, Paracatu e Alto Preto o escopo do estudo que segue o mesmo objetivo visa o enquadramento de corpos d’água superficiais e monitoramento de águas subterrâneas, buscando a sustentabilidade hídrica.

O presidente do CBH dos Rios Paracatu e Urucuia, Tobias Vieira, expressou entusiasmo. “Estamos felizes que o comitê nos contemplou com esse contrato que pode proporcionar estratégias para uma bacia mais sustentável com metas alcançáveis”. Ele destacou a necessidade de um “raio-x da bacia” que reflita a realidade local, mencionando a presença de “áreas produtivas” e a importância de diagnosticar “problemas com fósforo e potássio” para alcançar as metas de qualidade de água.

As oficinas de diagnóstico representam o primeiro passo de um trabalho técnico e participativo que visa estabelecer as metas de qualidade da água a serem alcançadas e mantidas nas bacias, garantindo o uso múltiplo dos recursos hídricos de forma sustentável no futuro.


Assessoria de Comunicação do CBHSF:
TantoExpresso Comunicação e Mobilização Social
*Texto: Juciana Cavalcante
*Foto: Bianca Aun