E o Cine Penedo foi o cenário para o encerramento da 13ª edição do Circuito Penedo de Cinema que ocorreu na noite do último domingo (19) e contou com a presença da população penedense, atores e atrizes, bem como diretores de filmes e documentários.
Desde o primeiro dia a organização do Circuito exibiu para o público dezenas de curtas e longas-metragens, realizou uma feira de empreendedores culturais, levou às pessoas apresentações culturais com diversos shows, oficinas e debates que geraram troca de ideias e conhecimento.
Pela tarde foi exibido o longa infanto-juvenil “Desapega”, uma comédia que tem a participação de Glória Pires e Maísa. Logo em seguida, às 18h, o documentário “O Impeachment”, de Pedro da Rocha, foi exibido. Ele oferece uma oportunidade para refletir sobre as origens da violência política e entender as raízes de um dos celeiros políticos mais truculentos do país. O filme foi idealizado por Pedro da Rocha, que faleceu em 2021, aos 64 anos, vítima de complicações por conta da Covid-19. Assim que foi encerrada a exibição do filme, houve um bate-papo entre Sérgio Onofre, o historiador Geraldo Magela e o roteirista Tairone Feitosa.
Assim que o bate-papo finalizou, Sérgio Onofre, coordenador-geral do Circuito Penedo de Cinema, convidou para frente de honra o membro da Câmara Técnica Institucional e Legal (CTIL) do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco, Marcelo Ribeiro, o prefeito de Penedo (AL), Ronaldo Lopes, José Expedito, coordenador-geral da Ufal Campus Penedo e Teresa Machado, secretária de Cultura de Penedo.
Segundo Onofre, esta foi mais uma edição de sucesso do Circuito com diversas obras-primas premiadas e a participação de mais de 100 filmes, documentários e longas. “Tivemos mais de 800 pré-selecionados, mas infelizmente nem todos chegaram a esta fase, então considerem-se vencedores por estarem aqui. Parabéns a todos! Cada festival é um festival, cada curadoria é uma curadoria. Agradeço, ainda, aos parceiros como o Comitê, a Ufal, à Prefeitura de Penedo, à Secretaria de Cultura de Penedo, ao Sebrae, ao IMA, ao Banco do Nordeste, à Codevasf. Tudo isso aconteceu porque todos andaram de mãos dadas. Estamos muito felizes pela recuperação do Centro de Convenções, do Cine Penedo que volta a abrir as portas para o cinema. Esse trabalho em Penedo marca mais um intento em realizar o circuito no nível que nós temos aqui das produções exibidas e debates”.
Para Marcelo Ribeiro, é uma honra poder representar o presidente do CBHSF no encerramento de um evento que durante uma semana transmitiu, por meio de exibição de filmes, muita cultura, discussões e debates. “Agradeço em nome do presidente Maciel Oliveira e reitero o compromisso do Comitê com a cultura e a ciência. O comitê é um locus de discussão da água e um dos grandes apoiadores deste evento. A dimensão do cinema está abrangida com o Festival Velho Chico de Cinema Ambiental que ampliou ainda mais o conhecimento das pessoas acerca da importância do rio São Francisco. Agradecemos a possibilidade de marcar presença e poder contribuir com a produção cultural. Agradeço também ao prefeito por colaborar com a produção cultural em Penedo (AL) e tornar o município referência na cultura e no cinema. Estaremos sempre juntos para fazer deste festival sempre o sucesso que ele é”, disse.
Confira mais fotos do último ato deste Circuito de 2023:
Logo após ser dado início à solenidade de encerramento com as falas das autoridades, começou a cerimônia de premiação, onde os vencedores receberam o troféu Canoa de Tolda. Marcelo Ribeiro realizou a entrega do troféu ao filme vencedor do 10° Festival Velho Chico de Cinema Ambiental, na categoria júri popular. O longa vencedor foi “Águas que me tocam”, dirigido pelo Juraci Júnior, que ainda levou menção honrosa juntamente com os filmes “Do quilombo pra favela: alimento para a resistência negra”, de Manoela Meyer e Roberto Almeida, e “The speech of Txai Suruí”, dos alunos do Projeto Multimídia da Escola Parque do Rio de Janeiro.
O júri oficial do 10º Festival Velho Chico de Cinema Ambiental, composto pelo cineasta Alexandre Taquary, o ecologista Guilherme Demétrio e a pesquisadora Taciana Kramer, escolheu como melhor filme “Ava Kuña, Aty Kuña: Mulher Indígena, Mulher Política”, de Julia Zulian, Fabiane Medina e Guilherme Sai.
Já o curta “Cida tem duas sílabas”, de Giovanna Castellari, foi o grande vencedor no 13º Festival de Cinema Universitário de Alagoas, com os votos do júri oficial. A jovem cineasta ficou bem emocionada ao receber o troféu e chorou durante a cerimônia. No júri popular, “Caronte”, de Pedro Gargioni, foi o filme escolhido. Houve menções honrosas para os filmes “Por trás dos prédios”, de João Mendonça, e “Baseado em fatos”, de Amanda Rezer.
O júri oficial do 16° Festival do Cinema Brasileiro escolheu nesta categoria o filme “Ramal”, do diretor Higor Gomes. No júri popular, o curta vencedor foi “Ave Maria”, de Pê Moreira. As menções honrosas foram para “Romão”, de Clementino Junior, e “A velhice ilumina o vento”, de Juliana Segóvia.
Assim que encerrou a cerimônia no Cine Penedo com a entrega dos troféus ocorreu, na Praça 12 de Abril, as apresentações das bandas Artehfato e Raiz Positiva.
Assessoria de Comunicação do CBHSF:
TantoExpresso Comunicação e Mobilização Social
*Texto: Deisy Nascimento
*Fotos: Edson Oliveira