Diagnóstico do saneamento é apresentado em Floresta (PE)

03/02/2021 - 18:02

Durante esta semana o Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco (CBHSF) está acompanhando as apresentações do diagnóstico do saneamento básico nas cidades de Floresta, Tacaratu em Pernambuco e Rodelas e Glória na Bahia. O encontro faz parte da elaboração dos Planos de Saneamento Básico em elaboração pela Companhia Brasileira de Projetos e Empreendimentos (COBRAPE), empresa contratada pelo CBHSF através de licitação, por meio da Agência Peixe Vivo.

A cidade de Floresta foi a primeira a receber, nesta terça-feira (02), a comitiva composta pelo coordenador da Câmara Consultiva Regional do Submédio São Francisco, representante da Agência Peixe Vivo e equipe técnica da Cobrape. Também participaram da reunião a prefeita da cidade Rorró Maniçoba, vereadores e representantes das secretarias municipais e da Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa). O processo de elaboração do PMSB iniciado em janeiro de 2020 tem o prazo de execução de 14 meses, sendo 12 para conclusão do documento. No entanto, devido à pandemia decretada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), foi estendido a fim de evitar prejuízos ao andamento das atividades.

Em um total de seis produtos, o diagnóstico da situação do saneamento básico de Floresta se encontra na fase dois. De acordo com as engenheiras da Cobrape, Andreia Schypula e Sabrina Almeida, o abastecimento de água do município é realizado pela concessionária estadual e, em algumas comunidades rurais, pela Companhia Hidrelétrica do São Francisco (CHESF) e pela operação carro-pipa através do Exército Brasileiro, que atua em 275 localidades. Além disso, o próprio poder público municipal leva água em carros-pipa para outras localidades não atendidas pelo Exército. Há ainda comunidades onde o atendimento de água é feito por meio de soluções coletivas através, por exemplo, de captações subterrâneas em poços. “É importante destacar ainda que também há locais onde as pessoas são abastecidas pela água bruta, captada diretamente dos rios Pajeú e São Francisco, a exemplo da comunidade Cachoeira do Icó e Pesqueira”, destacou a engenheira civil Andreia Schypula.


Veja as fotos do encontro: 


Quanto ao tratamento do esgoto, assim como em grande parte do país, foi detectado na cidade de Floresta o despejo irregular do esgoto que deságua, sem nenhum tipo de tratamento, no rio. Outro problema se soma a este cenário: a presença de lixão a céu aberto. Embora haja uma distinção de parte do material recolhido, como a seleção de materiais recicláveis feita pelos catadores, o município que também não dispõe de coleta seletiva, ainda permite a presença dos catadores de recicláveis no lixão. Sobre o lixo hospitalar, parte do material é ainda descartada no lixo comum.

Com esse diagnóstico, a execução do PMSB avança para as próximas fases que são o Prognóstico, Programas, Projetos e Ações; Mecanismos e Procedimentos para Avaliação Sistemática do PMSB e Ações para Emergências e Contingências; Orientações e Termo de Referência para a elaboração do Sistema de Informação Municipal de Saneamento Básico e por fim, o Relatório Final do PMSB, documento síntese com a Minuta de Lei. “Destaco que este é um momento muito importante para o município. Participamos de uma apresentação valiosa que já está contribuindo com nosso planejamento – ainda esta semana tratamos sobre os mesmos temas, então tudo isso vem somar. É com o plano que temos como trazer recursos para o município e melhorar todos os índices. O trabalho de elaboração PMSB veio na hora certa, é uma parceria valiosa entre o Comitê e a prefeitura”, destacou a prefeita.

Após ser entregue, o Plano deve ser aprovado pela Câmara de Vereadores e transformado em Lei. Ao todo são investidos mais de R$ 428 mil para a execução dos documentos nas quatro cidades que devem prover às comunidades aporte técnico necessário para a elaboração de obras em infraestrutura. “O Comitê é, hoje, um dos maiores investidores na execução de planos de saneamento, porque entende que é através de um planejamento bem feito, investigando as dificuldades de cada cidade, que as obras podem ser feitas de modo mais eficiente gerando benefícios para toda a bacia do São Francisco”, concluiu o coordenador da CCR Submédio SF, Julianeli Lima.

 

Assessoria de Comunicação CBHSF:
TantoExpresso Comunicação e Mobilização Social
*Texto e fotos: Juciana Cavalcante