Coordenador da CCR Baixo SF do CBHSF recebe convite para aula inaugural de curso da UNEAL em Palmeira dos Índios (AL)

02/09/2025 - 16:44

Anivaldo Miranda, coordenador da Câmara Consultiva Regional do Baixo SF do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco (CBHSF), recebeu o convite da Universidade Estadual de Alagoas (UNEAL) para a aula inaugural do Mestrado Profissional em Gestão e Regulação de Recursos Hídricos (ProfÁgua). O evento ocorreu no dia 22 de agosto no Campus III da Uneal, em Palmeira dos Índios.


O ProfÁgua é um programa nacional que está presente no Brasil, com exceção do Acre, e Alagoas conseguiu fazer parte do programa no final do ano de 2024. Ele é vinculado a CAPS que busca formar profissionais qualificados para atuar na gestão dos recursos hídricos.

O ProfÁgua funcionará no Campus III da UNEAL. A diretora do Campus e coordenadora local do programa em Alagoas, Josiene Falcão, viu a necessidade de trazê-lo para Alagoas, não só por sua importância estratégica, pelo fato de estar em Palmeira dos Índios, mas também para reforçar a importância da questão da água, do abastecimento humano, da agricultura e da preservação ambiental. “Este é o início do primeiro programa de mestrado implementado no município e fortalece o papel da universidade no interior do estado de Alagoas”, disse.

Falcão explicou, ainda, que a UNEAL se mobilizou contando com o apoio de algumas instituições, como a Associação dos Pequenos Agricultores de Alagoas, a Associação de Agricultores Alternativos, a Cooperativa Mista de Produção e Comercialização Camponesa, além do apoio internacional da TWRA, que é uma referência internacional em pesquisa de gestão hídrica, bem como a Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos de Palmeira dos Índios e o Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco, representado por Anivaldo Miranda, que acolheu a demanda da universidade. “Convidamos Anivaldo Miranda pela sua importância no debate sobre a gestão de recursos hídricos. Foi uma honra recebê-lo, pois ele trouxe uma fala brilhante sobre a obrigação que a sociedade tem de proteger a água para gerações futuras, destacou o desafio de governança das águas e pontuou que ainda há muitos entraves nisso. O estudo e a gestão são essenciais para o futuro, por isso precisamos ter uma articulação muito bem feita entre os vários setores da sociedade que inclui a universidade com seus pesquisadores, os governantes e a sociedade civil. A gente precisa ter uma articulação nesses eixos para fazer com que o processo flua de forma cada vez mais natural”.

Convidado para proferir a aula inaugural do Mestrado Profissional em Gestão e Regulação de Recursos Hídricos (ProfÁgua), em Palmeira dos Índios (AL), Anivaldo Miranda, declarou que a formação de expertise técnica e massa crítica em escala, que esteja realmente à altura da enormidade do território brasileiro continua sendo uma das principais premissas para que o Brasil possa efetivamente se preparar para os grandes desafios da gestão hídrica e adaptação aos dilemas das mudanças climáticas no século XXI.



Segundo ele, a universalização da implantação dos instrumentos de gestão das águas em todas as bacias hidrográficas brasileiras precisa contar com uma oferta de especialistas correspondente ao grande número, diversidade e grau de antropização desses ecossistemas vitais para o ambiente natural e para a produção e reprodução da atividade produtiva do país. “É importante que haja uma estreita cooperação entre a academia e os órgãos do Sistema Nacional de Gerenciamento dos Recursos Hídricos, principalmente os comitês de bacias hidrográficas, para que a formação, especialização e capacitação de novos gestores das águas possa aliar a excelência do conhecimento hidrológico científico com as experiências concretas da gestão desses recursos em todos os seus aspectos práticos e a complexidade dos problemas e arranjos institucionais da política pública das águas”.

Miranda saudou a interiorização do ProfÁgua em Alagoas e parabenizou a Universidade Estadual de Alagoas (UNEAL) por ter apresentado uma proposta consistente e, sobretudo coerente com as demandas atuais decorrentes da crise hídrica, principalmente nas condições do semiárido brasileiro e a especificidade da abordagem da questão da água em ambiente onde a sua escassez e uso racional são determinantes.

Ao encerrar a aula, Anivaldo Miranda assegurou que o Comitê estará sempre à disposição de iniciativas como o ProfÁgua dentro da sua política de promoção da pesquisa, da formação e da capacitação, como vetores decisivos para o desenvolvimento sustentável.


Assessoria de Comunicação do CBHSF:
TantoExpresso Comunicação e Mobilização Social
*Texto: Deisy Nascimento
*Foto: Divulgação