Durante toda a quinta-feira, dia 5 de março, membros do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco, Comitê de Bacia Hidrográfica do Rio Grande e Câmara Técnica Institucional e Legal (CTIL) percorreram as localidades de Sítio da Barriguda, município de Catolândia, Cana Brava e o povoado de Mantiqueira, zona rural de Barreiras, com o intuito de realizar uma escuta de mediação de conflito junto àquelas comunidades. Eles reclamam sobre a escassez de água do Rio Boa Sorte, pertencente a Bacia do Rio Grande, e as consequências que atingem aquelas famílias.
Ednaldo Campos, coordenador da CCR Médio São Francisco, e membro da Associação dos Fruticultores da Adutora da Fonte (AFAF), abriu o debate e as mediações do conflito depois de solicitação do presidente do Comitê de Bacia do Rio Grande, Demóstenes Júnior. Ednaldo disse que o CBHSF garante todo apoio e parceria para a mediação do conflito e ouviu atentamente moradores e produtores que vivem e produzem há mais de meio século nessas localidades. “Para o Comitê parcerias e escutas como essas são importantes para solucionar problemas que vem se arrastando por décadas”, acrescenta Ednaldo.
Veja as fotos da reunião:
Cláudio Ademar da Silva, da Câmara Técnica Institucional e Legal (CTIL), que está coordenando a mediação desse conflito na região de Barreiras e Catolândia, afirma que após o diagnóstico será marcada uma reunião juntamente com os representantes das comunidades, usuários da água e o poder público para encontrar uma solução conjunta. “Essa solução tem que surgir da vontade de quem utiliza a água e juntos, corpo técnico com a sabedoria popular, estaremos em busca de uma solução técnica que atenda da melhor maneira possível a todos”, enfatizou.
João Pereira de Souza Filho, presidente da Associação dos Pequenos Produtores Rurais do Sítio da Barriguda em Catolândia, se manifestou positivamente sobre o encontro e sinalizou que são mais de 30 famílias que são servidas pelo Riacho do Arapuá. João se disse favorável a novas técnicas de irrigação e manutenção do rio. Para ele, as pequenas propriedades precisam de um cuidado maior para não serem prejudicadas. A produção naquela região é de subsistência e precisa ser preservada.
Dona Olívia Souza, de 70 anos, é uma das produtoras rurais da Cana Brava. Para ela, o principal problema está nas barragens devido à falta de manutenção e o mau uso. Olívia produz no Cinturão Verde, e em uma pequena escala familiar, planta hortaliças que abastecem o mercado de Barreiras.
Assessoria de Comunicação CBHSF:
TantoExpresso Comunicação e Mobilização Social
*Texto e fotos: Anne Karine Ferreira