Cavernas ameaçadas: ouça o podcast Travessia 119 e entenda

17/02/2022 - 11:55

O governo federal abriu brechas que facilitam a exploração de minérios em cavernas e a construção de empreendimentos ao redor desses locais, por meio da assinatura do Decreto Federal 10.935/2022, no dia 12 de janeiro. O risco, afirmam os especialistas, é que sítios arqueológicos que guardam vestígios dos ancestrais humanos e que muitas vezes são refúgios para a fauna, sejam totalmente extintos.


As cavernas alimentam ou preservam cursos subterrâneos de água, guardam animais exclusivos e podem apresentar grande relevância paleontológica e arqueológica, com depósitos raros de materiais de interesses dessas áreas de estudo.

Hoje, são mais de 21,5 mil cavernas conhecidas no Brasil. O maior número delas fica em Minas Gerais, como por exemplo o complexo de Lapa Vermelha, considerado o berço dos estudos em cavernas pelo dinamarquês Peter Lund, um complexo de 52 cavernas calcárias, localizado na região do Carste de Lagoa Santa. Foi lá que foi encontrado o crânio de Luzia – o fóssil humano mais antigo encontrado na América do Sul. A região pertence à bacia do Rio São Francisco e possui uma infinidade de cavernas em toda a sua extensão nos estados de Minas Gerais, Bahia, Pernambuco e Alagoas.

Conversamos com o coordenador do Centro de Estudos em Biologia Subterrânea da Universidade Federal de Lavras (UFLA), Rodrigo Lopes Ferreira, sobre o assunto. Ouça!



Assessoria de Comunicação CBHSF:
TantoExpresso Comunicação e Mobilização Social
Produção: Mariana Martins e Luciano Mafra