Compartilhando experiências, a Oficina de Sustentabilidade Hídrica do Semiárido encerrou primeiro dia de debate

08/11/2019 - 13:56

Com uma tarde dedicada a apresentação de experiências desenvolvidas a partir da necessidade de convivência com o bioma, a Oficina de Sustentabilidade Hídrica do Semiárido contou com palestras promovidas pelo Instituto Eco Engenho, Instituto Nacional do Semiárido e pelas Universidades Federal do Vale do São Francisco e Federal do Rio Grande do Norte.

Entre outras experiências, o Instituto Eco Engenho atendendo a finalidade de usar a tecnologia para a inclusão social e desenvolvimento sustentável, criou um projeto de plantio de uma erva aromática chamada aroeira (um tipo de pimenta), além de capacitar as moradoras e fabricar uma espécie de vinagrete especial. A ação tornou a comunidade basicamente autossuficiente, capaz de produzir e gerar renda. A comunidade também utiliza fontes limpas de energia, como a energia solar. Segundo o palestrante José Roberto, do Eco Engenho, este foi um mecanismo de inclusão sócio – produtiva e sustentável nas áreas de pobreza crônica. A ação acontece em Alagoas.

Assim como em Alagoas, as experiências se espalham ao longo do Semiárido e alguns precisam enfrentar o desafio de recuperar área para agregar beneficiamento. Situação que acontece na região de Petrolina (PE), onde o Núcleo de Ecologia e Monitoramento Ambiental da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Nema) realiza a restauração ambiental e florística na Caatinga. Segundo o professor Renato Garcia, mesmo com os desafios enfrentados que compreenderam desde o manejo à falta de pessoal capacitado para atuar na Caatinga, já é possível apontar resultados positivos. “Em oito anos aumentamos em 20% o conhecimento das espécies”, destacou o professor. Este ano a coleção botânica do Nema alcançou nove mil plantas em seu acervo.

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Um fogão ecológico feito a partir de sucata e com funcionamento a partir da energia solar vem contribuindo não só com a questão econômica para famílias de baixa renda, mas também para a diluição dos poluentes. O projeto é coordenado pelo professor Luiz Guilherme, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte. O equipamento resulta em um sistema que transforma a radiação solar em calor, criando um efeito estufa. O calor é usado para aquecer água, cozinhar, secar ou assar os alimentos.

Já o pesquisador do núcleo de recursos hídricos do Instituto Nacional do Semiárido, Mateus Mayer, ao abordar o reuso do esgoto em comunidades rurais, indica possibilidades que podem contribuir para uma alternativa que reduza o consumo indiscriminado e sem conscientização da água em produções agrícolas.

Diante da programação do primeiro dia de evento, a estudante de viticultura Raquel Amorim da Silva, apontou a importância das temáticas para agregar conhecimento ao seu caminho profissional. “Viemos em um grupo com nossa professora que destacou o evento como sendo importante para nossa formação. A gente tem a oportunidade de conhecer o que mais se fala em relação a água, a preservação, além de saber de experiências bem-sucedidas que a gente pode repercutir também aqui em nossa área”, afirmou.

 

Assessoria de Comunicação CBHSF:
TantoExpresso Comunicação e Mobilização Social
*Texto: Juciana Cavalcante
*Fotos: Marcizo Ventura