Manhã desta sexta-feira (06) é marcada por interação e debate sobre cenários,
desafios e perspectivas para melhorias no âmbito do Velho Chico
“Com apenas 10% da nossa capacidade hídrica, crescimento da população e seis anos de seca, nós vemos na transposição das águas do Rio São Francisco uma potencialidade enorme para melhorarmos nossa situação.” Quem fala é Antônio César Cristóvão, presidente do comitê receptor do Alto Jaguaribe, participante do Projeto de Integração do Rio São Francisco.
Antônio César Cristóvão, presidente do comitê receptor do Alto Jaguaribe
César faz parte do grupo de representantes de bacias receptoras do Ceará que se apresentou na manhã de hoje, segundo dia do IV Encontro dos Comitês Afluentes do Rio São Francisco, em Salvador (BA). Ele explica que a Bacia – que atende capital e região metropolitana – sofre com assoreamento, falta de mata ciliar e problemas com nascentes. “Esse cenário afeta turismo, indústria, saneamento básico e arrecadação”, reforça.
Segundo Antônio César, a transposição beneficiaria em média 4 milhões de pessoas entre região metropolitana de Fortaleza e do Cariri. É a primeira vez que ele participa do evento. “Esse intercâmbio tem uma importância muito grande para conhecermos a realidade do Rio, sabermos como vive cada comitê”, frisa.
Projeto Legado
Esta manhã foi marcada ainda por debates sobre o Projeto Legado. Criado pela Agência Nacional de Águas (ANA), ele propõe consolidar propostas para o aperfeiçoamento da Política Nacional de Recursos Hídricos. O documento ainda está em construção e será apresentado no 8º Fórum Mundial da Água, que acontecerá entre os dias 18 e 23 de março de 2018, em Brasília (DF).
Uma mesa para debater ações propostas no âmbito do Projeto também foi realizada e participantes puderam expor suas opiniões acerca da iniciativa. Muitos sinalizaram a necessidade de uma discussão mais ampla e mostraram preocupação quanto a mudanças na legislação.
Contribuições ainda podem ser avaliadas e incorporadas. Quem tiver interesse, basta ir ao site da Agência Nacional de Águas (ANA) (www.ana.gov.br), até o dia 20 de outubro.
Plano de Recursos Hídricos
O Plano de Recursos Hídricos (2016 a 2025) também esteve na pauta desta sexta-feira. Ele foi abordado pelo diretor técnico da Associação Executiva de Apoio à Gestão de Bacias Hidrográficas Peixe Vivo (Agência Peixe Vivo), Alberto Simon. “Não é um plano do Comitê e sim um Plano da Bacia que inclui a revitalização. A transposição também está contemplada”, reforçou.
Seis eixos orientam o documento: Governança e Mobilização Social; Qualidade de Água e Saneamento; Quantidade de Água e Usos Múltiplos; Sustentabilidade hídrica do Semiárido; Biodiversidade e requalificação ambiental e Uso de Terra e Segurança de Barragens.
Comunicação do CBH
A Tanto Expresso, empresa responsável pela comunicação do Comitê da Bacia Hidrográfica do São Francisco, teve a oportunidade de falar sobre o trabalho que desenvolve com base em três pilares: comunicação, mobilização social e educação ambiental.
Pedro Vilela, sócio-diretor da empresa, chamou atenção para os conteúdos abrigados no portal. “O CBHSF tem uma ferramenta disponível com informações sobre tudo o que acontece no âmbito do Comitê. O portal é dinâmico, moderno, multimídia e rico em conteúdo, abrangendo notícias, podcasts e vídeos criados para serem compartilhados, contribuindo para a disseminação de saberes e conhecimentos acerca do Rio São Francisco”.
Pedro Vilela e Rodrigo de Angelis, sócios-diretores da Tanto Expresso, empresa responsável pela comunicação do CBHSF
Entre as atrações do Portal, atualizado diariamente, foram destacadas as páginas criadas para cada comitê afluente. Como forma de incrementar esses espaços, Pedro reforçou o convite para que esses atores interajam com o canal, enviando informações e imagens. Isso pode ser feito pelo email comunicacao@cbhsaofrancisco.org.br.
Veja as fotos
Por Andréia Vitório
Fotos: Manuela Cavadas