Na próxima quarta-feira (30/01), será realizada uma visita técnica à região do desastre, em Brumadinho.
Foi montado um gabinete de crise na sede do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio das Velhas (CBH Rio das Velhas), em Belo Horizonte (MG), para acompanhar os desdobramentos da tragédia ocorrida na última sexta-feira (25), com o rompimento da barragem da mina do Feijão, da mineradora Vale, em Brumadinho, Região Metropolitana de Belo Horizonte.
A comissão do gabinete de crise, composta pelo presidente e membros do CBH Rio das Velhas, Marcus Vinicius Polignano, do CBH Rio Paraopeba, Winston Caetano de Souza, presidente e membros do CBH Rio São Francisco, Anivaldo Miranda e a diretora da Agência Peixe Vivo, Célia Fróes, vai acompanhar o monitoramento da sequência da lama dentro do rio Paraopeba e o comprometimento do abastecimento de água na Região Metropolitana de Belo Horizonte, bem como o tamanho da devastação ambiental causada pelo rompimento da barragem.
De acordo com Winston, “no Rio Paraopeba existe uma captação da COPASA que contribui para abastecimento 50% da região metropolitana de Belo Horizonte, além de outras captações na sua calha para abastecimento de populações de outros municípios como Juatuba, Pará de Minas e Paraopeba. Essas populações serão prejudicadas pela contaminação da água”.
Segundo dados divulgados pelo Instituto Mineiro de Gestão das Águas (IGAM), a lama, que está evoluindo com uma velocidade de menos de 1km/h, vai demorar cerca de quatro dias para chegar em Retiro Baixo. No momento, está em Igarapé, que fica a há 220km de Retiro Baixo.
Visita Técnica
Na próxima quarta-feira (31/01) será realizada uma visita técnica ao local do desastre, com a participação do presidente do Fórum Nacional dos Comitês de Bacias Hidrográficas, Hideraldo Bush, do presidente do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco, Anivaldo Miranda, do CBH Rio das Velhas e do Fórum Mineiro de Bacias Hidrográficas, Marcus Vinicius Polignano, do presidente do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Paraopeba, Winston Caetano de Souza, e da equipe do Projeto Manuelzão, da Universidade Federal de Minas Gerais.
Ainda hoje, será realizada uma coletiva de imprensa, às 16h, no Ministério Público de Minas Gerais, com a presença do presidente do Fórum Mineiro de Bacias Hidrográficas, Marcus Vinicius Polignano.
*Texto: Mariana Martins