Vai passar! E quando passar, conheça para amar: Serra da Canastra (MG)

01/11/2020 - 17:23

Hoje, na série ‘Vai passar! E quando passar, conheça para amar’ vamos mostrar o Parque Nacional da Serra da Canastra, berço do Velho Chico, em Minas Gerais.

Nasce como um filetezinho de água que se perde por entre a vegetação rasteira do cerrado, para depois formar um enorme poço de águas cristalinas que dá origem a uma queda de 200 metros de altura, a Cachoeira Casca d’Anta, um dos mais belos cartões postais do Brasil. Quem vê não pensa que ali começa o enorme Velho Chico, que atravessa seis estados e 505 municípios brasileiros. Por lá, a sensação que temos é a de que água brota de todos os lados.


Assista ao vídeo sobre a Serra da Canastra:


Pouco explorada e misteriosa, a região da Serra da Canastra guarda uma das mais deslumbrantes e desconhecidas paisagens do Brasil. Para proteger a nascente e o importante bioma que domina a região, o Cerrado, foi criado, nos anos 1970, o Parque Nacional da Serra da Canastra. Com uma área de 197.797 hectares, localiza-se no sudoeste do estado de Minas Gerais e abrange os municípios de Capitólio, Delfinópolis, Sacramento, São João Batista do Glória, São Roque de Minas e Vargem Bonita.

O Parque Nacional da Serra da Canastra é um capítulo à parte na região. A falta de vegetação de maior porte, combinada com os contrastes de relevo, deixam abertas grandes vistas panorâmicas do Parque e da região além de seus limites. Cachoeiras de tirar o fôlego e espécies animais ameaçadas de extinção, como o tamanduá-bandeira, o lobo-guará e o veado-campeiro, que podem ser vistos facilmente com silêncio e paciência, são as grandes atrações. O melhor horário para avistar os bichos é de manhã cedo ou no final do dia, mas há locais estratégicos, onde os animais já foram avistados, que só os guias conhecem.

Algumas das principais atrações, como o cânion do Rio São Francisco, a parte alta da Cachoeira Casca D’Anta, o Retiro de Pedras (área da primeira fazenda instalada na região), a parte alta da Cachoeira dos Rolinhos, podem ser acessadas por uma estrada de 60 km que atravessa o parque por cima do chapadão. Lá, está localizada a primeira ponte sobre o Rio São Francisco e o marco de sua nascente: uma imagem de São Francisco de Assis segurando um livro. Diz o folclore da região que a imagem desce do pedestal em noites de lua cheia para curar os animais feridos.

O nome Serra da Canastra deve-se à semelhança apresentada pelo imenso chapadão, que se avista de longe, a uma canastra. Canastra é um antigo vocábulo de origem grega, assimilado pelos portugueses, utilizado para denominar um tipo de arca móvel, rústica, de formato retangular. A semelhança desse objeto com a forma da serra originou o nome.

Os mais aventureiros podem contar com diversas opções na Serra da Canastra: trilhas, motocross, canoagem, boia-cross, passeios de jeep, rapel, cachoeiras, lagoas, rios, caminhadas e muita atividade ao ar livre fazem parte da programação de quem quiser passar uns dias por lá. Por conta de a circulação no parque ser um pouco limitada para quem não tem um veículo apropriado, muitas pousadas e guias locais oferecem esses tipos de passeios. Os cenários são belíssimos e os moradores da região, como bons mineiros, receptivos e fazem questão de atender bem os viajantes que passam por ali. Não há um lugar onde não se ofereça um café, e é claro, um queijo.

Patrimônio Cultural Imaterial Brasileiro, o queijo canastra é a iguaria mais famosa da região. Ele só pode ser produzido na região da Serra da Canastra e ser fabricado conforme as tradições. Seu sabor é forte, encorpado, um pouquinho picante e denso. A venda do queijo é feita nas fazendas próximas à região, que realizam visitações para turistas onde é possível degustar queijos e doces e conferir de perto o processo de fabricação.


Veja as fotos da região: 


Enquanto não podemos sair de casa, viaje conosco pelas lindas paisagens do Velho Chico! E lembramos: quanto mais nos cuidarmos e seguirmos as recomendações das autoridades mundiais em saúde, mais rápido poderemos conhecer e desfrutar, de forma segura e sustentável, das maravilhas que a natureza nos oferece!

 

Assessoria de Comunicação CBHSF:
TantoExpresso Comunicação e Mobilização Social
*Texto: Mariana Martins
*Fotos: Fernando Piancastelli e Léo Boi