A cidade pernambucana de Salgueiro, no sertão do Estado, finalizou na manhã deste sábado (30.05) a série de consultas públicas realizadas em cumprimento aos trabalhos de atualização do Plano de Recursos Hídricos da Bacia do Rio São Francisco, iniciado em 2014 pelo Comitê do São Francisco. Ao todo, 12 reuniões foram promovidas ao longo de três meses em municípios situados nos cinco estados que compõem a bacia (MG, BA, PE, AL e SE). O objetivo das consultas é ouvir a população ribeirinha sobre problemas que inviabilizam o uso das águas do Velho Chico.
Na fala de abertura, o prefeito de Salgueiro, Marcondes Libório de Sá, destacou a importância da reunião para alavancar os cuidados da população com o rio São Francisco.“Nunca vivenciamos uma crise hídrica como esta de agora, com um São Francisco repleto de problemas e sem água para abastecer toda a bacia. Temos que ter a capacidade de respeitar o meio ambiente. É vital a união e a prática de boas ações, afinal somos seres inteligentes. É preciso que a população tenha essa sensibilidade”, disse.
Corroborando com a sua fala, Sebastião Carvalho, secretário de Meio Ambiente da cidade vizinha de Mirandiba (PE), solicitou que o Plano Diretor do São Francisco priorize os trabalhos de contenção à grande quantidade de esgoto que é derramada pelas cidades nas águas do rio. “O governo federal precisa socorrer as prefeituras para a criação dos planos de saneamento e de resíduos sólidos dessas cidades. É uma necessidade urgente, que ajudará a salvar o rio”, comentou.
A preocupação com os usos das águas subterrâneas e a efetivação das ações de revitalização pelo governo federal na bacia do rio São Francisco foram alguns dos temas discutidos durante a reunião.
O Plano – Com o objetivo de estabelecer projeções e metas para os próximos 20 anos, o Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco – CBHSF contratou a Nemus Consultoria para a atualização do Plano de Recursos Hídricos, que norteará a aplicação dos recursos oriundos da cobrança pelo uso das águas do Velho Chico em ações estruturantes em prol da sustentabilidade da bacia.
O CBHSF destinou aproximadamente R$6,9 milhões para a elaboração deste “novo” plano. O plano de bacia é um instrumento regulamentado na lei federal n*9.433/97 que serve como base para a incorporação, de maneira mais consistente, dos aspectos ambientais, de modo a garantir os usos múltiplos de forma racional e sustentável de uma bacia, em consonância com a gestão integrada e com as políticas públicas de meio ambiente e recursos hídricos, estabelecendo, assim, metas e ações de curto, médio e longo prazo.
ASCOM – Assessoria de Comunicação do CBHSF