5ª Mostra Velho Chico de Cinema Ambiental exibiu mais sete filmes

 
Quase 500 crianças lotaram a sala de exibições do Circuito Penedo de Cinema nesta quarta-feira (29/11). Neste segundo dia de Mostra Infantil de Cinema, as crianças da Creche Menino Jesus e das escolas municipais Dom Constantino, Rotary, Barão de Penedo, Manoel Soares, Arlindo de Oliveira e Nossa Senhora Auxiliadora assistiram a 17 películas, entre elas: Peixonauta – O Caso das Garrafas Plásticas, Cuidado com a Raposa – Prevenção à Violência Sexual e Mundo Colorido.
A professora da Escola Municipal Nossa Senhora Auxiliadora, Michele Luana, ressalta a importância do evento para a formação dos alunos. “Somente hoje trouxemos 100 crianças do 3º ano para participar da mostra. A gente percebe que eles aprendem de forma lúdica sobre sustentabilidade e outros cuidados com o meio ambiente, a preservação do rio São Francisco e o respeito a natureza”, explicou.
Para a pequena Lara Sofia, oito anos, assistir estes curtas-metragens ajudou a refletir sobre os cuidados com o meio ambiente. “O que mais me chamou a atenção nos desenhos foi que não devemos deixar a torneira aberta quando formos escovar os dentes, tomar banho. Eu aprendi que um dos problemas da falta de água pode ser resolvido se a gente economizar em casa”.
 
Mostra Velho Chico de Cinema Ambiental
No período da tarde foram exibidos os filmes concorrentes da 5ª Mostra Velho Chico de Cinema Ambiental. Cada sessão da mostra segue uma temática diferente. A do primeiro dia de mostra foi Opará, nome dado ao Rio São Francisco pelos indígenas, que significa rio-mar. Nesta quarta (28) e na quinta (29), as temáticas serão Paranã e Îandê, que em tradução livre, significam “mar” e “nosso”, respectivamente. Para tanto, outros 13 filmes ainda serão exibidos na mostra, que é de caráter competitivo desde 2017.
A Mostra Velho Chico de Cinema Ambiental foi realizada pela primeira vez em 2014 e desde então recebe o apoio do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco. Inicialmente, o intuito era promover reflexões sobre a situação do Rio São Francisco. Hoje, a mostra abrange o meio ambiente natural e antrópico nos filmes selecionados e, consequentemente, nas discussões ao final de cada sessão.
Após a exibição dos filmes ocorreu um debate entre Thiago Albuquerque, do projeto Meros Brasil e Cláudio Sampaio – professor dos cursos de biologia e engenharia de pesca da Universidade de Alagoas. Eles explicaram os pontos abordados durante as apresentações das películas e pontuaram algumas soluções para evitar a degradação ambiental dos rios.
 

Confiram as fotos das atividades:

 
Oficinas e Workshop
As oficinas de Vídeo Ambiental [por Alberto Casa Grande] e a de Direção de Atores para Cinema e TV [por Ninho Moraes] começaram ontem (27) e terão continuidade até a próxima sexta-feira (30). Já a de Fotografia no Cinema [por Fernanda Tanaka] começou hoje (28) e vai até sexta-feira.
Para a Fernanda Tanaka, bacharel em Cinema e diretora de fotografia, o objetivo desta oficina é ensinar os princípios básicos para trabalhar com fotografia em filme e TV. “A ideia é mostrar ponto a ponto como trabalhar nessa área. Mas, para isso precisa ter vontade de fazer cinema e gostar muito porque é algo que exige dedicação exclusiva em cada produção”, contou. Fernanda Tanaka participou do filme “Os homens são de Marte e é pra lá que eu vou” como operadora de câmera e fez inúmeros comerciais e quase 30 longas-metragens.
A estudante do 10º período do curso de arquitetura e urbanismo da Universidade Federal de Alagoas (UFAL), Renata Leopoldino, está participando da oficina de Fotografia no Cinema após receber a indicação do professor Sérgio Onofre, coordenador geral do Circuito Penedo de Cinema. “O professor sugeriu que eu fizesse esta oficina porque poderá ajudar na minha profissão. É um meio de aprender a lidar com os equipamentos fotográficos, com a iluminação, cores do ambiente, cena, enquadramento”, pontuou.
Nesta tarde aconteceu também na Casa da Amizade o workshop “O Som no Cinema” [por Carlos Klachquim] e um bate-papo com os realizadores.
 
Programação noturna
O segundo dia da Mostra Competitiva – 8º Festival de Cinema Universitário de Alagoas, contou com a exibição de quatro curtas-metragens. Além disso a Mostra Sururu de Cinema Alagoano apresentou três curtas: A Noite Estava Fria, Furna de Negros e Trem Baiano. Para encerrar, dança de salão do Espaço de Dança Ítalo Miguel.
 
Arrastão de limpeza
Nesta quinta-feira (29) às 16h20 vai acontecer o arrastão de limpeza no rio São Francisco coordenado pelo professor da UFAL, Cláudio Sampaio. A ideia é recolher o máximo de lixo possível em uma hora, pesar a quantidade total e dividir pelos voluntários que vão ajudar na atividade. “Queremos saber o quantitativo por cada pessoa que ajudou na coleta para ter um número estimado de lixo jogado no rio. Essa atividade que acontece há oito anos tem o intuito de conscientizar as pessoas acerca do que é produzido de lixo e jogado se o menor cuidado com a preservação da natureza”, explicou.
A ação terá o apoio do Instituto do Meio Ambiente (IMA) e os parceiros são: Projeto Meros do Brasil, Projeto Observando os Rios e Programa de Educação Tutorial de Penedo (PET-UFAL).
 

 
Educação ambiental na rádio web
De hora em hora e também de 30 em 30 minutos, a rádio web da UFAL está transmitindo alguns flashes sobre educação ambiental. Os podcasts foram produzidos pelo Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco e trazem, por exemplo, temas ligados a política de recursos hídricos, bacias hidrográficas, comitês de bacias, assoreamento, poluição, entre outros. Para ouvi-los, acesse: www.ufal.br/radio ou baixe o aplicativo Rádio Ufal no google playstore.
 

*Texto: Deisy Nascimento
*Fotos: Edson Oliveira