14/12/2022 - 10:25
Na manhã da última segunda-feira (12), o presidente do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco (CBHSF), Maciel Oliveira, se reuniu no escritório da Agência Peixe Vivo (APV), em Maceió, com Fabiana Couto, articuladora política, e Cristina Amorim, coordenadora do Plano Nordeste Potência, ambas do Instituto Climainfo, para articular e estreitar laços a fim de viabilizar propostas e oportunidades no que se refere à recuperação do Rio São Francisco, implementação de energias renováveis e melhoria da gestão das águas.
O Plano Nordeste Potência foi construído por quatro organizações civis brasileiras: Centro Brasil no Clima, Fundo Casa Socioambiental, Grupo Ambientalista da Bahia e Instituto Climainfo, com o apoio do Instituto Clima e Sociedade. A intenção é promover o debate público sobre a recuperação econômica pós-pandemia no Nordeste sob bases verdes, justas e inclusivas, em um sistema que traga benefícios a todos. O Plano apresenta, ainda, um conjunto de recomendações com o intuito de promover a economia regenerativa e inclusiva. Ele é baseado em uma série de estudos, documentos, oficinas e diálogos provenientes de diferentes organizações, que contribuíram substancialmente com insumos técnicos e conhecimento prático.
Para o presidente do CBHSF, Maciel Oliveira, este encontro com as representantes do Plano Nordeste Potência foi enriquecedor e agregador, pois as ideias coadunam e isso é imprescindível para trazer as transformações necessárias que o Rio São Francisco precisa. “O que estamos transformando na bacia, em prol dela, vem através do uso dos recursos sobre a cobrança da água. Queremos mostrar do que somos capazes para melhorar a qualidade da água e da vida dos ribeirinhos. A Fiscalização Preventiva Integrada é um grande modelo que colabora para a preservação do rio, da sua fauna e flora. Precisamos retomar os debates em 2023 a favor do meio ambiente, buscar melhorar o gerenciamento das vazões nos reservatórios, tratar ainda mais dos usos múltiplos das águas, do hidrograma ambiental, das populações ribeirinhas e suas demandas”, disse.
Oliveira complementou que outro assunto imprescindível é o da nova legislação federal, como é o caso do Projeto de Lei nº 4.546/21, que institui a Política Nacional de Infraestrutura Hídrica, regulamentando a exploração e a prestação dos serviços hídricos no Brasil. Tal proposta, em tramitação na Câmara dos Deputados, vem sendo chamada pelo governo de “novo marco hídrico”. “É extremamente necessário discutir a implementação da política de recursos hídricos e não pensarmos em uma nova lei que venha a tirar os poderes dos comitês. O PL foi apresentado tirando o poder dos comitês de aprovar seus planos de recursos hídricos e precisamos retirá-lo da pauta. Para isso é interessante ir em busca dos novos nomes da frente parlamentar do meio ambiente que possam nos ajudar na defesa do Rio São Francisco. Eu vejo com boas perspectivas o que está por vir”, pontuou o presidente do CBHSF.
Cristina Amorim e Fabiana Couto concordaram com as demandas apontadas pelo presidente do CBHSF e se uniram em prol da luta a favor da preservação do Rio São Francisco. “A partir de agora iremos articular outras demandas e ideias que serão úteis para o desenvolvimento de ações e projetos que trarão benefícios ao meio ambiente em geral, em especial ao Rio São Francisco”, finalizou Amorim.
Assessoria de Comunicação do CBHSF:
TantoExpresso Comunicação e Mobilização Social
*Texto: Deisy Nascimento
*Fotos: Deisy Nascimento
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