Presidente do CBHSF marca presença no lançamento do documentário da VI Expedição Científica do Baixo São Francisco

06/03/2024 - 15:45

Na noite da última segunda-feira (04) aconteceu no Centro Cultural Arte Pajuçara, em Maceió (AL), o lançamento do documentário da VI Expedição Científica do Baixo São Francisco, uma realização da Universidade Federal de Alagoas (UFAL). O Arte Pajuçara estava lotado de expedicionários, representantes de outras universidades, de órgãos públicos, além de admiradores do rio São Francisco e familiares daqueles que se dedicaram durante dias à pesquisa de campo em prol de melhorias para o Velho Chico e ribeirinhos.


Com quase 40 minutos de duração, o documentário que foi produzido e dirigido pela Mila Filmes e coproduzido pelo professor da UFAL e coordenador da Expedição Científica, Emerson Oliveira, bem como pelas jornalistas Iara Melo e Rose Ferreira, trouxe temas que foram trabalhados durante a expedição como saúde, ecologia e manguezal, qualidade da água, educação ambiental, poluição, patrimônio e sociedade, peixes e aquicultura.

Antes de dar início à exibição do documentário, o coordenador da Expedição Científica, Emerson Soares, falou sobre os momentos de dedicação a este projeto que culminou no documentário. Ele convidou ao palco Themis Silva e José Vieira que, assim como ele, coordenaram a Expedição. “Fico muito grato por estarem aqui, por se manterem unidos em prol da população ribeirinha. Na VI edição da expedição nós tivemos em torno de 75 pesquisadores e 110 pessoas fazendo acontecer. Meu agradecimento a cada um de vocês, expedicionários. Agradeço, ainda, ao Comitê da Bacia do Rio São Francisco por investir na ciência. Quando cheguei no rio São Francisco, em 2006, vi que precisaríamos trabalhar nele. Na época não tínhamos muitas respostas, mas víamos que precisávamos trabalhar no rio. Eram necessários recursos para as pesquisas e o Comitê desde o princípio apoiou e teve essa parceria importantíssima, pois investiu na expedição científica. Assim como o Comitê tivemos depois outros investidores. O importante é acreditar que podemos fazer algo, pois são muitos desafios. Agradeço aos investidores, aos expedicionários. Nossa intenção é promover ações, mudar a vida de ribeirinhos, mudar realidades”, disse emocionado.

Outro que acompanha in loco a Expedição Científica é o reitor da UFAL, Josealdo Tonholo. Em sua fala, ele parabenizou cada um que estava em sua missão na expedição. “Vamos assistir hoje aqui o que foi a essência da expedição. Só quem viveu a expedição sabe o que estou falando. Cada um de vocês viveu uma experiência diferente e somente cada um de nós tem o privilégio de guardar para si. Não foi simplesmente uma visita técnica e expedição, foi retirarmo-nos todos da universidade para interagir além dos muros. Foi uma forma diferente de fazer ciência, educação e extensão. Reconhecer o território e fazer a diferença. O legado da expedição está posto, um novo jeito de fazer ciência e interagir com a população. A expedição evoluiu e está perpetuada em outras ações, com livros, dados, novas relações que foram propiciadas, trabalhos em conjunto e desafios diferentes. A expedição proporcionou que trabalhássemos em conjunto, em vários setores. A UFAL está nos ensinando a fazer diferença. Cumprimento a todos com todo respeito e orgulho! Vocês fizeram e vão continuar a fazer a diferença”, pontuou.


Veja mais fotos da apresentação do documentário:


O presidente do CBHSF, Maciel Oliveira, sentiu-se muito orgulhoso em ter participado do lançamento do documentário. “São sete curtas-metragens onde são mostrados momentos vivenciados pelos expedicionários durante a VI Expedição e o Comitê fica honrado em ter investido, desde o princípio, neste projeto sério que traz várias linhas de pesquisa em prol da preservação do Velho Chico”.

Outro representante do Comitê que marcou presença no lançamento do documentário foi o mestre do rio, ambientalista e Doutor Honoris Causa pela UFAL, Antônio Jackson. “Tivemos, hoje, a oportunidade de assistir o documentário acerca da VI Expedição Científica e confesso que fiquei muito feliz com o resultado. Demos a voz a ribeirinhos, barranqueiros que não tinham voz. Por meio da voz da ciência passamos a ter esse apoio e foram feitos levantamentos interessantes sobre a qualidade da água, dos peixes, do alimento que chega às mesas das comunidades. Esperamos que os nossos gestores tenham um outro olhar a respeito das pesquisas realizadas pelos expedicionários. São informações importantíssimas que precisam ser trabalhadas de forma mais responsável. O rio São Francisco tem condições de sair dessa situação de ataque dos esgotos, depredação, fome, carência. Precisamos valorizar o Velho Chico e através da ciência e das universidades encontraremos o caminho”, finalizou.

Investidores: Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco (CBHSF), Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Alagoas (FAPEAL), Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), Ministério da Pesca e Aquicultura do Governo Federal, Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação do Governo Federal.


Assessoria de Comunicação do CBHSF:
TantoExpresso Comunicação e Mobilização Social
*Texto: Deisy Nascimento
*Fotos: Edson Oliveira