Durante a sua participação na mesa-redonda do Observatório das Águas, estudo promovido pela organização não-governamental WWF – Brasil, o presidente do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco (CBHSF), Anivaldo Miranda, destacou o papel dos comitês de bacia para o sistema brasileiro de recursos hídricos. A discussão integrou a programação do XXI Simpósio Brasileiro de Recursos Hídricos, em Brasília
“Os comitês são uma das organizações mais democrática deste país. O comitê não é ONG, empresa e nem poder público. É tudo isso ao mesmo tempo. É o espaço onde acontecem as convergências; todos os interesses de uso são legítimos. Os estados precisam entender isso: que os comitês são elos do sistema”, disse.
Em outro momento, Miranda observou a necessidade de se substituir a judicialização pela arbitragem do consenso, sendo o comitê o melhor espaço para isso. Revelou, então, que o CBHSF se tornou o comitê pioneiro a discutir, de forma saudável, conflitos pelo uso da água entre pequenos e grandes usuários da bacia, através da sua Câmara Técnica Institucional e Legal (CTIL). “O Comitê é a primeira instância para tratar destes conflitos”, acrescentou.
Aprendizados da crise
Em outra mesa, também durante o Simpósio, Miranda participou como entrevistador da discussão sobre os aprendizados da crise hídrica no país. Em um dos momentos da sua fala, revelou que a atual crise ensinou, sobretudo, a correlação entre água e energia. “Não há como discutir água sem discutir, concomitantemente, energia, especialmente nas bacias que têm barramentos hidrelétricos”, opinou.
ASCOM – Assessoria de Comunicação do CBHSF