PNUD/ONU pode ser um dos impulsionadores da revitalização do Velho Chico

09/12/2025 - 14:10

Cláudio Ademar vislumbra R$ 31 bi para revitalizar a Bacia do São Francisco


O presidente do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco, Cláudio Ademar, encerrou uma semana de atividades em Brasília com uma visita ao Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD/Brasil), onde foi recebido pelo representante residente do programa no Brasil, Cláudio Providas, que prometeu se empenhar para incluir a revitalização da Bacia do Rio São Francisco em projetos do PNUD que já estão em andamento no nordeste.

Em sua peregrinação por Brasília, Cláudio Ademar esteve na Casa Civil da Presidência da República, onde discutiu questões relacionadas ao PAC, além de reuniões na Eletrobrás e na Codevasf.

Segundo o presidente, é importante trazer o Comitê para ser conhecido nacional e internacionalmente, pois “hoje existe uma ferida aberta na Bacia do São Francisco, que se não for tratada agora, a humanidade se arrependerá”. Também participaram Maristela Marques Baloni, assistente residente e Maria Teresa Amaral Fontes, do Programa Oficial de Inclusão Socioeconômica do PNUD.

Revitalização

Após uma breve apresentação e um diagnóstico atualizado sobre a situação do Velho Chico, Cláudio Ademar ressaltou que o Comitê tem buscado todos os órgãos dispostos a colaborar, pois a revitalização do rio é urgente e indispensável. Ele destacou que esse processo será construído junto às comunidades ribeirinhas, indígenas e quilombolas, garantindo que as ações atendam às necessidades reais do território.

“Qualquer iniciativa conduzida em nível estadual sem a participação do Comitê pode resultar em gastos elevados sem, contudo, responder às demandas concretas dessas comunidades”, afirmou.

Como resposta, o representante do PNUD no Brasil disse que sempre tem interesse em ajudar questões como a do Rio São Francisco, e que inicialmente irá tentar incluir o pedido do Comitê nos projetos que já estão em andamento junto à Agência Nacional de Águas (ANA), Consórcio do Nordeste e ao Fundo Internacional do Desenvolvimento Agrícola (Fida).

Cláudio Ademar destacou que, embora a atenção mundial esteja voltada para a Bacia Amazônica, igualmente essencial, é urgente que o mundo também volte os olhos para o sofrimento do Rio São Francisco. “O Velho Chico vem sendo pressionado pelo avanço do agro e por diversos impactos ao longo de suas margens. Sem um programa de saneamento básico que atenda adequadamente às comunidades, o rio enfrenta a degradação de suas matas ciliares, processos de erosão e até áreas em desertificação”, afirmou.

Na próxima semana, um representante da Codevasf que irá visitar uma comunidade quilombola em Bom Jesus da Lapa (BA) e buscar soluções para problemas históricos.


Assessoria de Comunicação do CBHSF:
TantoExpresso Comunicação e Mobilização Social
*Texto: Walberto Maciel
*Fotos: Walberto Maciel