A população das cidades de Santa Maria da Boa Vista, Itacuruba, Ibimirim e Jatobá, em Pernambuco, e Água Branca, em Alagoas, está participando, desde a última segunda-feira (18), da segunda oficina prognóstica para construção do Plano Municipal de Saneamento Básico, financiado pelo Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco (CBHSF).
O evento, realizado de modo virtual, reúne moradores das cidades que foram divididas em setores para facilitar a participação popular. O objetivo é abrir oportunidade para discutir um plano de ações adequado à resolução dos problemas relacionados aos quatro eixos componentes do Saneamento Básico (abastecimento de água, esgotamento sanitário, limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos, drenagem urbana e manejo de água pluvial), além de construir e pactuar as propostas de programas, projetos e ações do PMSB para resolver os problemas e suas causas, indicados no diagnóstico, com foco no atendimento aos objetivos e metas do prognóstico e medidas do cenário de referência escolhido para a reestruturação da gestão dos serviços de saneamento básico nos municípios.
“Neste momento buscamos a percepção de soluções que poderiam ser implantadas diante as necessidades apontadas na fase de diagnóstico, por isso a participação popular é imprescindível no processo. São os próprios moradores que devem colaborar, apontando as soluções adequadas considerando as diferenças de cada área da cidade. É a partir desta percepção que será construída a matriz junto com os pareceres técnicos visando a elaboração dos programas, projetos e ações”, explicou a coordenadora de Mobilização Social do Instituto de Gestão de Políticas Públicas (Gesois), Betânia Barros.
O Instituto é a empresa responsável pela elaboração dos planos de saneamento nas cinco cidades, contratado pelo CBHSF através da Agência Peixe Vivo. O Comitê financia a elaboração dos planos de saneamento nas quatro regiões fisiográficas da bacia com recursos oriundos da cobrança pelo uso da água do rio São Francisco.
“Percebo que não se pensa em lagoa de estabilização para a zona rural por achar que só é importante para a cidade, e tudo que é sujeira deságua no rio São Francisco, então é bom destacar nesse momento de construção junto com as comunidades, o que deve ser feito também pelo poder público ou seja, ver o problema e pensar na solução”, destacou Cícero Batista, morador do município de Santa Maria da Boa Vista.
O secretário da Câmara Consultiva Regional do Submédio São Francisco, Abelardo Montenegro, observou a importância da contribuição popular em um processo que lida com grandes desafios.
“Abastecimento de água é um dos grandes desafios e vejo que de fato é algo a ser trabalhado e viabilizado. O Comitê tem a experiência com a região de Itacuruba, onde a comunidade indígena Pankará tinha problemas com acesso à água e com a qualidade da mesma. A solução para isso é buscar viabilizar o tratamento. Falando nisso, a gente reforça a importância da preservação dos mananciais pela comunidade, evitando a contaminação da água também nos pontos de captação. Obviamente que o tratamento é essencial, mas se de alguma forma as comunidades conseguirem reduzir os lançamentos, sem dúvida vai gerar um impacto positivo”, concluiu.
Assessoria de Comunicação CBHSF:
TantoExpresso Comunicação e Mobilização Social
*Texto: Juciana Cavalcante