Em continuidade ao ciclo de oficinas setoriais previstas na atualização do Plano de Recursos Hídricos da bacia hidrográfica do rio São Francisco, moradores e representações que atuam nos setores de hidroeletricidade, navegação, pesca, turismo e lazer do município pernambucano de Floresta, no semiárido do Estado, apresentaram ao longo do dia de hoje (13.03) soluções para o enfrentamento de problemas ambientais que afetam o Velho Chico, prejudicando diariamente o desenvolvimento dos trabalhos na região.
Dividido em grupos, o público destacou alguns dos problemas recorrentes, além das ações necessárias que deverão ser tomadas para o enfrentamento da problemátca que vem castigando o rio há anos, a exemplo da ausência de fiscalização da pesca irregular; pouca atenção a quantidade de água que é irrigada na bacia; falta de incentivo ao turismo local; e desmatamento das matas ciliares; depósito irregular de esgotos nos córregos da região. “A atualização do Plano do São Francisco não tem que ter a cara nem da empresa executora e nem do CBHSF, mas sim da população que vive às margens do São Francisco”, disse Almacks Luiz, membro titular do Comitê.
De acordo com Pedro Bettencourt, gerente do projeto representando a empresa Nemus Consultoria, o objetivo das reuniões é justamente esse: “Colher o máximo de impressões das populações ribeirinhas situadas estrategicamente em municípios da bacia”, revela.
O encontro faz parte da série das 20 oficinas setoriais agendadas nesta primeira fase – diagnóstico – dos trabalhos, iniciados no final de 2014 pelo Comitê do São Francisco, com duração estimada em 18 meses. No último dia 11, a cidade de Sobradinho, na Bahia, sediou o evento, que acontece na semana que vem, entre os dias 16 e 18 de março, em Piranhas (AL) e Três Marias (MG). Até maio, serão realizadas oficinas envolvendo representantes das comunidades tradicionais, indústria, mineração, agricultura e saneamento.
Confira o calendário completo.