Membros do CBHSF lotam auditório para acompanhar a XXXVII Plenária Ordinária

05/12/2019 - 13:10

A XXXVII Plenária Ordinária – Biomas em Risco promovida pelo Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco acontece em Aracaju(SE) e conta com a presença de membros de todas as regiões, como Minas Gerais, Distrito Federal, Pernambuco, Sergipe, Alagoas e Bahia. Nesta quinta-feira (05), o auditório estava lotado e os representantes das Câmaras Consultivas Regionais (CCR’S) acompanharam a abertura do evento que iniciou com a fala do presidente do CBHSF, Anivaldo Miranda.

Em seu discurso, Anivaldo Miranda desejou uma reunião bem produtiva e participativa. Ele fez um balanço onde pontuou os pontos positivos e negativos deste ano de 2019 em relação às questões ligadas ao meio ambiente. “No contexto atual, de 2018 para 2019, houve um aspecto de alívio nas questões hídricas. A criação, em 2013, da sala de situação da Agência Nacional das Águas configurou uma experiência que é válida para o Brasil inteiro e funcionou durante estes últimos anos como forma de ajudar na recuperação gradual dos reservatórios e, como o rio São Francisco adquiriu uma vazão favorável, foi possível então atravessar o ano com uma vazão de 800 m³/s. A gestão de recursos hídricos tem que ser descentralizada, compartilhada e participativa com o envolvimento de todos”, disse.

Na ocasião, Anivaldo Miranda pontuou que o Pacto das Águas talvez seja a ação mais ousada deste Comitê e vai precisar do apoio dos estados para enfrentar os desafios. Ele comentou que com os resultados positivos também surgem os negativos, com alguns dissabores, sendo um deles o rompimento da barragem do Córrego do Feijão, em Brumadinho(MG). “Infelizmente esse desastre ambiental custou uma parte substancial do rio Paraopepa.


Veja as fotos da abertura: 


Entretanto, o Comitê através da Câmara Consultiva, prontamente já foi ajudar as comunidades do entorno. Lamentavelmente, o Brasil está se dando ao luxo de destruir um rio a cada ano. São três anos de tragédias que na verdade são crimes ambientais. Outra situação que nos deixa bem preocupados é o desmatamento e o derramamento de óleo”.

No período em que o aparecimento dessas manchas iniciaram em nossas regiões, o vice-presidente Maciel Oliveira acompanhou diariamente e de perto tudo que se passava, fez o contato com os órgãos. Ele foi o elo de articulação institucional. “Preciso pontuar ainda no balanço desta gestão do Comitê a grande relação com o Ministério Público de Sergipe que colaborou conosco no sentido de encontrar soluções em defesa do Velho Chico. Ressalto ainda que nosso Comitê foi escolhido para participar do Conselho Nacional de Recursos Hídricos e dia 11 de dezembro já teremos uma reunião, e claro que levaremos as bandeiras que sempre defendemos em relação a gestão das águas. Mesmo que nesse momento estejamos passando por um desmonte na política ambiental, onde inegavelmente levam a algumas frustrações não podemos parar os nossos trabalhos. Aprovamos muitos projetos hidroambientais e ano que vem traremos mais novidades. Neste ano, estreitamos os laços com a Fiscalização Preventiva Integrada (FPI) e juntos conseguimos colher alguns frutos. Continuaremos nos mobilizando para dar continuidade as atividades desta gestão que teve um ano bem positivo e de muitos encaminhamentos”.

Honey Gama, coordenador da Câmara Consultiva Regional Baixo São Francisco, deu boas-vindas aos membros e citou que este é um momento de grande reflexão diante dos problemas ambientais em Brumadinho no início do ano e as manchas de óleo que atingiram o nordeste. “Infelizmente tal situação não é unicamente um problema ambiental, mas que poderá causar grandes danos à saúde humana. Precisamos agir, planejar novas ações e a última reunião do ano é importante para fazermos o balanço deste ano e pensar em 2020”.

Assessoria de Comunicação CBHSF:
TantoExpresso Comunicação e Mobilização Social
*Texto: Deisy Nascimento
*Fotos: Allan Rodrigo