10/09/2021 - 15:16
Membros da CCR Médio São Francisco realizaram encontro virtual no dia 2 para a última reunião da atual gestão. Os principais pontos de pauta foram a apresentação do Plano Orçamentário Anual 2021, o balanço dos projetos e o status das demandas da CCR Médio São Francisco, informes do processo eleitoral e da plenária do CBHSF, além de considerações sobre o trabalho desenvolvido nos últimos 5 anos.
O coordenador da CCR Médio São Francisco, Ednaldo Campos, abriu a reunião considerando que a atual gestão deixa um legado para a gestão vindoura em favor da consolidação da efetiva gestão compartilhada das águas na bacia hidrográfica do rio São Francisco. Campos externou agradecimentos aos membros e garantiu que o ritmo de trabalho seguirá o mesmo.
“O Comitê é pioneiro em ações que incentivam a ampla participação dos usuários da água e cuja metodologia é referência nacional. Além disso, trouxe o semiárido para o centro das políticas públicas da bacia, revelando suas potencialidades. Fizemos um excelente trabalho ao longo dessa gestão, graças à contribuição de cada um dos seus membros e dos parceiros de cada projeto”
Em sua fala, o presidente do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco (CBHSF), Anivaldo Miranda, falou sobre as vazões do rio e alertou que a bacia do São Francisco está sendo empurrada para a grave crise hídrica e energética que por ora afeta os reservatórios das regiões Centro-Oeste, Sul e Sudeste do país, sobretudo na bacia do rio Paraná. “O sistema é interligado, abrange praticamente todo o território nacional, integra as 5 regiões brasileiras e quando há excedente de energia em uma região, ele é exportado para outra região que esteja conjunturalmente em situação desfavorável. É assim que o sistema funciona, só que as crises assumem uma escala cada vez maior. Acreditamos que o Nordeste deu sua contribuição e na medida do possível deve continuar a fazê-lo, mas a diminuição dos nossos reservatórios para atender essa crise é preocupante, ainda mais tendo em vista a intenção do setor elétrico de praticar vazões de 1500 m³/s em outubro e continuar elevando essas vazantes até 2500 m³/s”, observou.
Anivaldo também utilizou o tempo de fala para avaliar a última gestão e o posicionamento do CBHSF no cenário nacional, destacando seu lugar como primeira instância na solução de conflitos pelos usos das águas da bacia. “O Comitê teve um crescimento extraordinário e é hoje o maior Comitê do Brasil, nossa experiência é estudada em outros países, resultado de muito trabalho na construção desse espaço de diálogo e construção de consensos. Evitamos a judicialização de conflitos em larga escala na bacia e estamos construindo o Pacto pelas Águas com os governos estaduais”, avaliou.
O gerente de projetos da Agência Peixe Vivo, Thiago Campos, fez a apresentação do POA 2021 e destacou os mecanismos de transparência estabelecidos na atual gestão que ficarão de legado para as próximas. Campos fez a demonstração do sítio virtual do POA, através da qual é possível acompanhar todas as informações e dados disponíveis sobre a bacia. Em seguida, o engenheiro apresentou os status das principais demandas da CCR Médio, são elas: 12 Planos de Saneamento Básico, 6 projetos de requalificação ambiental, 2 projetos de sustentabilidade hídrica no semiárido, 2 projetos especiais, 1 projeto de esgotamento sanitário e um instrumento de gestão de recursos hídricos.
A atual gestão encerra suas atividades em setembro, quando se inicia um período de um ano de transição, até a eleição de nova Diretoria Colegiada, prevista inicialmente ainda para este mês.
Assessoria de Comunicação CBHSF:
TantoExpresso Comunicação e Mobilização Social
*Texto: Mariana Carvalho
*Foto: Kel Dourado
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