A 6ª Mostra Velho Chico de Cinema Ambiental iniciou suas exibições no Circuito Penedo de Cinema na tarde da última terça-feira (26) na sala que está situada na praça 12 de Abril e mais de 400 estudantes, entre crianças e adolescentes de escolas públicas, marcaram presença para assistir aos seis curtas-metragens exibidos.
As películas exibidas neste 1º dia da Mostra foram: À Margem, Corpo D’água, Poeta do Barro Vermelho, Projeto Peixe Boi, Diriti de BdéBuré e Pier do Poti. Em paralelo aconteceu na Casa da Aposentadoria a Conferência: Os desafios e possibilidades do audiovisual na era da comunicação digital ministrado pela Danielle de Noronha/ABC. Quase 20 curtas-metragens relacionados a temática ambiental serão exibidos durante o Circuito.
Para o coordenador-geral do Circuito Penedo de Cinema, Sérgio Onofre, a participação do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco como parceiro, agente indutor desse festival, é fundamental porque mostra uma visão bem ampla do que é o meio ambiente, da influência da cultura nas questões ambientais. “Não existe ambiente sem o ser humano, e quando se fala em ser humano, se fala em cultura. É de uma sacada muito inteligente o Comitê perceber a importância de investir em ações culturais para propagar suas bandeiras políticas de defesa do Velho Chico, de manutenção e revitalização desse manancial”, disse.
Onofre pontuou sobre a necessidade de o Comitê trabalhar em outras regiões margeadas pelo Velho Chico ações ligadas a cultura e ao meio ambiente. “É uma ferramenta muito interessante e traz a população para essa bandeira de luta, reforçando a importância da defesa do Velho Chico e, nesse sentido, o Circuito Penedo de Cinema consegue fazer propagar as questões e as aflições dos problemas que estão afetando o rio, como atrair pessoas importantes, personalidades e formadores de opinião para junto de nós”.
O estudante José Alison, de 15 anos, da Escola Municipal de Educação Básica Manoel Soares, contou que os documentários mostram a realidade de degradação em que o Velho Chico se encontra, situação que, segundo ele, pode ser mudada através de educação ambiental. “Precisamos ajudar a não poluir, a cuidar do rio São Francisco, pois é dele que tiramos nosso sustento”.
Para Janete Monteiro, diretora adjunta da Escola Municipal de Educação Básica Manoel Soares, todos os estudantes deveriam participar do Circuito para ver, através dos documentários, os problemas de poluição e descuido pelos quais o rio São Francisco passa. E, a partir daí, poderão propor soluções com o intuito de minimizar sua degradação. “O que a Mostra Velho Chico de Cinema Ambiental propõe é a conscientização de tudo que vem acontecendo com o rio São Francisco. Esperamos que todos tenham aprendido a cuidar melhor dele”.
Veja as fotos do festival:
O professor da Universidade Federal de Alagoas (UFAL) – campus Penedo e coordenador do projeto Meros do Brasil em Alagoas, Cláudio Sampaio (Buia), participa a mais de cinco anos do Circuito Penedo de Cinema, especialmente na Mostra Velho Chico de Cinema Ambiental e contou que a participação do projeto Meros com a exibição do documentário “Itajara” – um filme sobre os meros, suas características, hábitos e fragilidades, enaltecendo sua importância para o equilíbrio dos ambientes em que vivem – é uma grande alegria. “O peixe mero representa um pouco do rio São Francisco nessa conexão entre os ambientes marinhos costeiros, e o Velho Chico em Penedo tem muita influência do oceano, então o mero em Penedo está em casa, e nada melhor do que arte e cultura na margem do rio São Francisco para falar de conservação também”, finalizou.
Assessoria de Comunicação CBHSF:
TantoExpresso Comunicação e Mobilização Social
*Texto: Deisy Nascimento
*Fotos: Azael Gois