Impactos das atividades industriais e de mineração são discutidos em oficina

18/05/2015 - 16:56

A cidade baiana de Jacobina, no Submédio São Francisco, sediou mais uma oficina setorial do Plano de Recursos Hídricos do Velho Chico. Coordenada pelo Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio do São Francisco – CBSHF e a consultora Nemus, responsável pela atualização do Plano de Bacia, a oficina teve como tema central os setores de Indústria e Mineração e seus impactos para a dinâmica do rio.
Entre os principais aspectos abordados pelos grupos de trabalho mistos (formados por representantes de empresas privadas, órgãos de governo, cooperativa de trabalhadores, universidades e organizações sociais) estavam a poluição das águas do rio, alterações dos ciclos naturais, geração de resíduos sólidos e químicos, supressão da vegetação, contaminação dos lençóis freáticos e degradação das nascentes. “São muitos impactos causados por essas atividades. Por isso, é preciso que os setores da indústria e da mineração busquem novas tecnologias já disponíveis, tanto para a economia de água e energia, como para garantir menos degradação ao meio ambiente”, sugeriu Ivan Aquino, secretário de Meio Ambiente de Jacobina.
Entre as sugestões colocadas por representantes de cidades próximas como Ourolândia, Mirangaba, Jaquarari está a busca por um melhor relacionamento entre as empresas privadas e a comunidade em torno dos empreendimentos, tentando recuperar a confiança e o diálogo, cabendo ao governo a intermediação, a fiscalização e a cobrança. “É um absurdo que bacias importantes, como dos rios da Bahia, inclusive dos afluentes do São Francisco, não possuam um Plano de Recursos Hídricos, como este que estamos atualizando. Há um total desconhecimento por parte do governo da disponibilidade e qualidade das águas, tanto para abastecimento humano, quanto para as atividades da indústria e da mineração, que dependem dessas águas”, destacou Almacks Luiz, presidente do Comitê da Bacia do Rio Salitre e membro do CBHSF.
ASCOM – Assessoria de Comunicação do CBHSF

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