Aprimorar o conhecimento sobre as espécies ameaçadas e mitigar as atividade impactantes, promovendo a conservação e a recuperação da fauna aquática da bacia do rio São Francisco. Esse é o foco de trabalho do Plano de Ação Nacional para a Conservação das Espécies Ameaçadas de Extinção da Fauna Aquática da Bacia do Rio São Francisco, o chamado PAN São Francisco. A iniciativa do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) foi apresentada durante a programação da XXVIII Plenária do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco, realizada hoje (10.12), no Hotel Catussaba, em Salvador (BA).
De acordo com dados do analista ambiental do ICMBio, Cláudio Rodrigues Fabi, atualmente oito espécies de peixes estão em extinção na bacia do São Francisco. “As hidrelétricas e o controle das vazões são as grandes ameaças para a sobrevivência desses peixes. Devemos pensar neles e nos outros organismos aquáticos quando estivermos fazendo o planejamento de novas barragens. O fim do peixe é o término de uma proteína muita importante para bacia”, alertou, ao citar as espécies em extinção como o mandi-brague, pirá, pirapitinga, lambari, pacamão, cascudo do mucutu, cambeva e barrigudinho. Além dessas, outras seis espécies já se encontram no estágio de “quase extintas”.
Em outro momento da sua apresentação, Fabi afirmou que espécies predatórias, a exemplo do tambaqui e tucunaré, também estão contribuindo para o desaparecimento das espécies nativas. Para ele, uma das soluções seria “promover cheias induzidas a partir dos reservatórios instalados ao longo do rio”, disse.
Claudio Rodrigues Fabi disse que a vinda à Plenária do CBHSF foi, sobretudo, para divulgar o trabalho do PAM São Francisco e unir forças com a entidade. “Queremos trabalhar juntos. Não existe PAN do São Francisco sem a parceria do Comitê.
ASCOM – Assessoria de Comunicação do CBHSF