A 2ª Expedição Científica do Baixo São Francisco está se aproximando da reta final e, nesta segunda-feira (25), a balsa com pesquisadores e estudantes seguiu para o município de Piaçabuçu (AL). Mas antes de partir, os professores das universidades foram às escolas municipais em Penedo (AL) e conversaram com as crianças sobre educação ambiental. Na ocasião, houve o plantio de 12 mudas de plantas nativas.
A estudante Juliana dos Santos, de apenas 12 anos disse que é importante preservar o rio São Francisco porque é dele que muitos tiram sua sobrevivência. “Não devemos jogar lixo, nem poluir de outras formas, pois se não cuidarmos do rio ele pode morrer”.
Faltando apenas dois dias para a conclusão, o barco da Expedição Científica ultrapassou o número de mil visitantes entre crianças e adultos. Segundo o engenheiro agrônomo da Universidade Federal de Alagoas – Campi Arapiraca –José Vieira, que coordena o Centro de Referência de Áreas Degradadas do São Francisco (CRAD), receber alunos no barco onde acontece a Expedição é importante porque os pesquisadores podem mostrar parte da fauna que tem no rio, explicar sobre a necessidade da educação ambiental para ajudar a não degradar ainda mais e o que pode ser feito para colaborar com sua preservação. “Os pesquisadores exibiram algumas amostras de peixes que foram analisados. As crianças e adolescentes também viram as imagens de algumas espécies da fauna que se encontram em extinção e aprenderam mais a respeito de sustentabilidade”, explicou.
De acordo com Anivaldo Miranda, presidente do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco, que acompanhou a travessia de Penedo para Piaçabuçu, “queremos, com essa Expedição, chamar a atenção de todos os órgãos e comunidades para os cuidados e preservação do Velho Chico. Os pesquisadores têm analisado a fauna, a flora, fizeram pesquisas com ribeirinhos, e a ideia é a elaboração de um grande relatório que servirá para o planejamento de ações efetivas a favor da preservação do rio. A questão das manchas de óleo é outro ponto que vem sendo analisado pelos cientistas. Trabalharemos juntos para ajudar a propor soluções que busquem reverter parte da degradação e assoreamento do rio São Francisco”, finalizou.
Veja as fotos da expedição:
Nesta terça-feira (26), os pesquisadores que estão com o barco em Piaçabuçu irão fazer novas coletas e análises da fauna local, bem como irão realizar levantamentos junto aos pescadores e agricultores da situação socioeconômica no município em relação ao uso da água do rio São Francisco.
Assessoria de Comunicação CBHSF:
TantoExpresso Comunicação e Mobilização Social
*Texto: Deisy Nascimento
*Fotos: Edson Oliveira