A Diretoria Colegiada do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco (CBHSF) passou a sexta-feira (5.06) reunida no escritório em Maceió (AL) para discutir uma pauta extensa. Entre os itens, a aplicação financeira do Plano de Aplicação Plurianual (PAP), durante o primeiro semestre, de acordo com apresentação feita pela agência delegatária do Comitê, a AGB Peixe Vivo.
A diretora da agência, Célia Fróes, apresentou números do orçamento do CBHSF e os investimentos feitos através das diversas rubricas, como deslocamentos e reuniões, entre outros. Diante dos números, foram aprovados pela Direc remanejamentos para dar continuidade à execução das ações e projetos das Câmaras Consultivas Regionais (CCRs). O debate serviu também como um primeiro exame da execução do orçamento como um todo, tendo em vista que a renovação do PAP será feita ainda durante o ano em curso e, portanto, se converterá em oportunidade para o seu aperfeiçoamento e ajuste às novas demandas surgidas durante o transcurso dos últimos três anos.
Em relação a esses investimentos, por exemplo, foi destacada a relevância e a boa receptividade dos Planos Municipais de Saneamento Básico (PMSB’s) que o CBHSF entregou em vários municípios da bacia hidrográfica. Além dos termos de compromissos assinados pelos prefeitos municipais, comprometendo-se a buscar recursos para a execução desses planos, a Direc aprovou a ideia de o Comitê fazer gestões junto aos governos federal e estaduais com a finalidade de viabilizar os planos, tendo em vista a urgência de ações que melhorem a qualidade das águas no São Francisco e seus afluentes.
Na pauta, os membros também foram informados sobre os dados mais recentes quanto à presença de excessiva floração de algas no Baixo São Francisco, principalmente no município alagoano de Delmiro Gouveia. Na ocasião, foi destacado que o CBHSF tomou a iniciativa acertada de ter sido o primeiro a colocar o problema em debate na opinião pública e articular os órgãos ambientais e de saúde, as companhias de abastecimento de água e as representações do Ministério Público, para cobrar, sobretudo do Ibama, dos governos estaduais e da Chesf, as ações devidas para enfrentar o problema, que tem todas as evidências de ser um reflexo da baixa acentuada das vazões controladas. O CBHSF também aguarda o resultado das gestões que o governo de Alagoas está fazendo junto ao governo federal em relação às medidas para atender as comunidades atingidas com os problemas relativos ao abastecimento de água.
A diretoria também discutiu os resultados da campanha nacional de mobilização em defesa do Velho Chico, realizada no âmbito da bacia hidrográfica, no último dia 3 de junho, evidenciando que, depois de duas campanhas, o principal objetivo foi atingido, na medida em que tornou de domínio público nacional a problemática da crise hídrica na bacia do São Francisco, bem como a percepção das ações do CBHSF.
O coordenador da CCR do Baixo São Francisco, Melchior Carlos do Nascimento, destacou que a campanha é uma das ações mais acertadas do colegiado. Como exemplo, ele cita que o efeito já ultrapassa a circunscrição da bacia hidrográfica. Coordenador da CCR do Submédio, Uilton Tuxá, também avaliou o efeito da campanha como positivo. “Gostaria, apenas, que o tempo para mobilização seja ampliado,” ponderou.
O assessor técnico da AGB Peixe Vivo, Alberto Simon, confirmou à diretoria do CBHSF que, de acordo com o planejamento do Comitê e em atendimento às demandas das CCRs, serão lançados neste semestre novos projetos de recuperação hidroambiental, razão pela qual foi recomendado aos coordenadores das CCR’s a reativação das Comissões de Visita, a quem cabe, em nome das próprias CCR’s, o acompanhamento periódico da execução desses projetos.
ASCOM – Assessoria de Comunicação do CBHSF