13/02/2025 - 10:10
Na última semana, o Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco (CBHSF), através da empresa W2 Engenharia, realizou uma oficina de capacitação para os beneficiários do Programa de Saneamento Rural na Bacia do São Francisco. A ação aconteceu Aldeia Ouricuri, terra indígena Jeripankó, onde estão sendo implantadas soluções individuais de tratamento de efluentes domésticos no município de Pariconha (AL).
A oficina aconteceu na Escola José Carapina e contou com a presença da comunidade Araticum. Com um investimento de R$ 4 milhões, ao todo serão atendidas 204 famílias das comunidades de Figueiredo, Araticum, Poço da Areia e Serra do Engenho. Elas receberão o benefício que consiste na construção de tanques de evapotranspiração, círculos de bananeiras e módulos sanitários. O objetivo do CBHSF é melhorar as condições sanitárias e ambientais da região, inferindo diretamente no lançamento de esgoto sem tratamento nos corpos hídricos e no solo. O cronograma da obra prevê a conclusão dos serviços em setembro de 2025, com a instalação de 204 sistemas de tratamento de efluentes sanitários e a construção de 54 módulos sanitários.
“A oficina aconteceu no povoado Ouricuri com os beneficiários da comunidade Araticum. Ao todo, são quatro comunidades beneficiadas, sendo que realizaremos uma oficina por comunidade. Ainda restam mais duas oficinas”, explicou o Engenheiro Sanitarista e Ambiental, responsável pelas obras, Weverton Ferreira.
A realização das oficinas corresponde ao processo de educação ambiental nas comunidades beneficiadas por obras e intervenções financiadas pelo CBHSF. Com isso, o Comitê pretende provocar e induzir a consciência ambiental, agregando, no caso das comunidades tradicionais, mais conhecimentos que se somam aos saberes ancestrais.
O coordenador da Câmara Consultiva Regional do Submédio São Francisco, Cláudio Ademar, destacou o respeito e atenção que o CBHSF tem com as comunidades indígenas e povos tradicionais. “Atendendo uma demanda dos próprios indígenas, que solicitaram ao Comitê mais uma oficina, e entendendo a sua cultura e respeitando o seu modo de vida, o Comitê, junto com a empresa responsável pelas obras, resolveu realizar este segundo seminário. Foi um momento de esclarecimento, onde falamos um pouco sobre o funcionamento do CBHSF e também aproveitamos para tirar todas as dúvidas técnicas que a população indígena tinha. Foi um momento esclarecedor e, volto a ressaltar a importância desse tipo de obra que respeita as tradições, a cultura e o modo de vida das comunidades tradicionais”, afirmou.
Os sistemas são concebidos levando em conta a população de cada propriedade, o uso e ocupação do solo, as atividades econômicas locais e a legislação ambiental vigente promovendo a recuperação de recursos, como água e nutrientes, oportunizando o desenvolvimento local através de sistemas viáveis e atrativos, especialmente diante da perspectiva de escassez hídrica.
A ação visa ainda a sustentabilidade dos processos com a redução do consumo de insumos externos e de energia, a mitigação dos impactos relativos à operação do sistema e propicia o aproveitamento de recursos locais. As obras são financiadas integralmente pelo CBHSF com recursos oriundos da cobrança pelo uso da água bruta na bacia do São Francisco.
Assessoria de Comunicação do CBHSF:
TantoExpresso Comunicação e Mobilização Social
*Texto: Juciana Cavalcante
*Foto: W2 Engenharia
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