CCR Submédio promove encontro de experiências entre Opará e CBH Médio Paraíba do Sul

22/06/2023 - 16:55

Com o objetivo de trocar experiências que possam se somar à expansão das atividades do Centro de Pesquisas em Etnicidades, Movimentos Sociais e Educação (OPARÁ) – Órgão Suplementar da Universidade do Estado da Bahia, sediado no Departamento de Educação Campus VIII, em Paulo Afonso que vai ganhar, através da parceria com o Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco (CBHSF) uma nova estrutura física, a Câmara Consultiva Regional do Submédio realizou na manhã de quinta-feira (15) um encontro virtual de integração com o Comitê da Bacia Hidrográfica Médio Paraíba do Sul.


O encontro foi proposto pela Agência Peixe Vivo ao ver nas atividades do CBH Médio Paraíba do Sul similaridade com a proposta de educação ambiental realizada pelo Opará que, por sua vez, deve expandir as ações com a construção de um espaço acadêmico capaz de atender a demanda de mais comunidades tradicionais, a exemplo dos quilombolas, camponeses, ribeirinhos, entre outros, em um campus avançado de curso superior.

O OPARÁ é um espaço acadêmico que visa o fortalecimento da pesquisa, formação continuada dos povos tradicionais, lideranças de movimento sociais no sentido de buscar afirmação, conhecimento e valorização dos saberes populares, buscando ainda o empoderamento das identidades e pesquisa dos patrimônios bioculturais. Atualmente o Centro de Pesquisas conta com duas licenciaturas interculturais, especialização e um polo de programa de mestrado em estudos africanos, povos indígenas e culturas negras.

No encontro, com o CBH Médio Paraíba do Sul foi apresentado o projeto do Cílio do Paraíba Espaços Verdes de Interpretação Ambiental, que visa promover boas práticas ambientais e melhoria da qualidade de vida da população, por meio de um espaço social de interação com as funções ecossistêmicas do ambiente. O Projeto prevê o desenvolvimento de programa de educação ambiental tendo como público alvo as escolas da rede de ensino municipal, estadual e particular dos quatro municípios já atendidos.

Além disso, também propõe a recuperação das matas ciliares e a construção de espaços sustentáveis às margens do rio Paraíba do Sul e seus afluentes. Esses espaços, chamados também de praças, são sustentáveis, e não geram impactos ambientais. Os últimos beneficiados foram os municípios de Pinheiral e Porto Real, no estado do Rio de Janeiro. A gerente de contrato da Associação Pró-Gestão das Águas da Bacia Hidrográfica do Rio Paraíba do Sul (AGEVAP), Raíssa Guedes, explicou que o projeto funciona com apoio dos municípios. “Já foram construídas quatro praças e estamos em processo de contratação de mais quatro. Após a conclusão das obras, a manutenção é feita pelas prefeituras que se comprometem em zelar e cuidar do equipamento que é entregue ao município”, explicou.



Entusiasmos com o que conheceram, a professora e coordenadora geral do Opará, Floriza Maria Sena Fernandes lembrou sobre o espaço que vai sediar a nova estrutura do Centro. “A partir de demandas das comunidades tradicionais sobretudo povos indígenas, a Universidade do Estado da Bahia (UNEB) vai ganhar um campus avançados em uma área de 50 hectares; propicia para projetos de formação superior e já temos a perspectiva de educação ambiental, e conhecendo esse projeto, podemos ampliar nossa atuação nesse sentido”.

O presidente do CBH Médio Paraíba do Sul, Luiz Felipe César, parabenizou as ações já desenvolvidas pelo Opará e a parceria firmada com o CBHSF para levar essa atuação ainda mais longe. “Ficamos muito honrados com o interesse em conhecer o que estamos fazendo aqui, e feliz em conhecer o trabalho desempenhado na região do São Francisco. Esse momento de troca de experiência agrega novos conhecimentos. É sensacional porque é uma forma de melhorar também nosso projeto, é uma ganho para todos”, afirmou.

O Coordenador da Câmara Consultiva Regional do Submédio São Francisco, Cláudio Ademar, concluiu. “Esse foi um momento muito rico que já me fez ter inúmeras ideias, onde o Opará pode pensar em uma oficina ambiental para as comunidades, um museu memorial do São Francisco, biblioteca para conhecer a história, tradições, cultura com exposição de achados arqueológicos, enfim temos muito a pensar e propor novas parcerias para isso. A universidade pode usar essa experiência para adaptar a realidade local trabalhando a educação ambiental”.


Assessoria de Comunicação do CBHSF:
TantoExpresso Comunicação e Mobilização Social
*Texto: Juciana Cavalcante
*Foto: Edson Oliveira