O coordenador da Câmara Consultiva Regional do Submédio São Francisco, Cláudio Ademar, participou na última semana do Workshop PAE-Plancon – Plano de Ação de Emergência (PAE) e Plano de Contingência (Plancon), realizado pela Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil (Sedec), em parceria com o Comitê Brasileiro de Barragens (CBDB), na cidade baiana de Paulo Afonso. O encontro, que contou com palestras e exercícios práticos, reuniu especialistas com o objetivo de capacitar as defesas civis e discutir estratégias relacionadas à estruturação e integração do PAE e Plancon.
A coordenadora de Implantação do PAE na Eletrobras Chesf, Patrícia Neves, esclareceu que o Plano de Ação de Emergência é um documento elaborado pela Eletrobras Chesf, em atendimento à legislação e define o cenário de risco para barragem e suas interações, fornecendo informações para que a situação seja considerada no Plano de Contingência dos municípios. “O Plancon é um documento elaborado pela Defesa Civil, em atendimento à legislação que planeja as ações de prevenção, mitigação, preparação, resposta e recuperação às emergências que o município está sujeito, no caso em questão, uma delas é a emergência em barragem. O objetivo desses documentos é desenvolver uma cultura de prevenção dando mais segurança às populações e ao meio ambiente”.
A ação, de acordo com a Eletrobras Chesf, está em fase de implantação com a instalação de elementos de orientação à população, como placas de sinalização. “Depois serão instaladas as sirenes e feito o cadastramento da população envolvida. Já foram iniciadas reuniões com prefeitos e secretários, lideranças locais, entrevistas em rádios e matérias escritas. Na sequência, haverá rodas de conversa e outras reuniões com as lideranças e com a população cadastrada, esclarecendo o assunto e orientando o que deverá ser feito e quando. Finalizaremos com um exercício, chamado de simulado, que é um teste prático do que as pessoas devem fazer em uma situação de emergência. Importante esclarecer que como é uma ação de prevenção visando desenvolver uma cultura de segurança, elas serão continuadas”, acrescentou Patrícia.
Outros workshops já foram realizados em Ipiaú-BA, em maio de 2022. “É muito importante deixar claro que a barragem não corre nenhum risco, encontra-se em situação normal. Na verdade, em todos esses anos de operação, nunca esteve em outra situação e é classificada como de baixo risco, a partir dos parâmetros dos órgãos reguladores, podendo a população se sentir segura e tranquila em relação a esse assunto. Estamos melhorando nossos processos, trazendo ainda mais segurança para algo que já é muito seguro, desenvolvendo uma cultura de prevenção e atendendo ao regramento legal”, concluiu lembrando o cuidado que a população precisa ter em acessar as informações pelos canais oficiais. “É fundamental que a população tenha a responsabilidade de não produzir informações falsas, nem repassar informações de teor alarmante que não tenham sido expedidas por autoridades competentes ou canais oficiais de divulgação, como das Defesas Civis e da Eletrobras Chesf. A Defesa Civil está envolvida em todo o processo e todos esses elementos de segurança que estamos instalando agora foram definidos por eles”.
O coordenador da CCR Submédio São Francisco, Cláudio Ademar, acompanha as ações e discussões levando em conta que sete das oito usinas hidrelétricas instaladas no rio São Francisco estão no submédio; UHE Sobradinho, UHE Luiz Gonzaga e o Complexo Paulo Afonso formado pelas usinas de Paulo Afonso I, II, III, IV e Apolônio Sales (Moxotó). “A participação do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco através da CCR Submédio São Francisco nesse evento é importante primeiro para estreitar laços com o complexo hidrelétrico sob responsabilidade da Chesf e também porque estamos em uma região que sofre a intervenção de barragens de Sobradinho, Itaparica e do complexo Paulo Afonso, onde em função de várias barragens há os impactos ambientais, sociais além da questão da geração de energia. Por isso, mesmo sabendo que é um dos sistemas mais seguros do mundo, é preciso sempre reforçar o tema segurança de barragem dentro da sociedade como modo de prevenção e a fim de evitar falsas notícias”, afirmou, lembrando a atuação do CBHSF na defesa das águas e dos seus povos. “O CBHSF tem esse papel de discutir todas as questões relacionadas a recursos hídricos, e segurança de barragens é uma dessas questões, assim como a gente vem discutindo a qualidade da água e como aumentar a quantidade de água, recuperação de nascentes. Esse é mais um passo e estamos à disposição e vamos trabalhar em parceria com a Chesf relacionado a esse tema e porventura outros que possam surgir”, concluiu.
Assessoria de Comunicação do CBHSF:
TantoExpresso Comunicação e Mobilização Social
*Texto: Juciana Cavalcante
*Foto: Cedida pela Ascom Chesf