O bioma Cerrado é um dos mais ricos e antigos do planeta, sendo o segundo maior da América do Sul, ocupando uma área de mais de 2 milhões de quilômetros quadrados (cerca de 25% do território nacional). É também um dos mais degradados. A chamada savana brasileira contará com um programa para o desenvolvimento da agricultura sustentável, um dos pilares do agronegócio e da economia brasileira. Em vista disso, na última sexta-feira (11 de setembro), Dia do Cerrado, foi lançado o Programa Fontes para o Futuro, no município de Buritis (MG), com a participação da Câmara Consultiva Regional (CCR) Alto São Francisco, representada pelo membro do CBHSF, Júlio Ayala.
Desenvolvido pelo Instituto Espinhaço, o Programa Fontes para o Futuro tem como objetivo fortalecer a revitalização de bacias hidrográficas e a segurança hídrica, a revitalização das microbacias do Córrego Pasmado e do Ribeirão São Vicente e da sub-bacia do Rio Urucuia, um dos principais contribuintes para a bacia do Rio São Francisco. Sendo assim, favorecerá a produção agrícola e o desenvolvimento sustentável, além de implementar a Agenda 2030 e os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.
A implantação do programa Fontes para o Futuro será feita a partir da articulação de iniciativas entre o setor privado, o poder público e o terceiro setor, por meio da transferência de tecnologias e conhecimentos para a recuperação de pastagens degradadas e áreas estratégicas para o aumento do potencial hídrico, com inovação e diversificação produtiva, ações de conservação do solo e da água e negócios de impacto social.
O membro da CCR Alto Júlio Ayala participou do evento e assinou um Termo de Cooperação entre o CBH Urucuia, do qual é o presidente, e o Instituto Espinhaço. “Iniciamos com a assinatura do Termo de Cooperação uma grande parceria em prol da efetiva revitalização de bacias, e principalmente com ganho de força política junto ao Governo Federal, um fator primordial para obtenção de apoio institucional e alocação de recursos financeiros”, disse.
Na ocasião, Júlio Ayala apresentou ao ministro de Meio Ambiente, Ricardo Salles, um mapa com as potencialidades, problemas e alertou para a necessidade de que o Governo Federal olhe com interesse para esta vasta região do Noroeste e Norte de Minas. “São quase 100 mil km² de território. Também entreguei ao ministro um mapa em hipsometria com os 38 municípios que compõem este território que inicia em Patos de Minas e vai parar no Rio Carinhanha, divisa com a Bahia, na margem esquerda do Rio São Francisco, e responsável por 33% da vazão do Rio São Francisco que chega em Sobradinho. Ele ficou muito sensibilizado e prometeu uma audiência conosco, com o CBHSF [Comitê da Bacia Hidrográfica do Alto São Francisco] e a CCR Alto São Francisco.
O lançamento aconteceu na propriedade do Ministro do Tribunal de Contas da União, Antônio Nardes e contou com a participação dos ministros do Meio Ambiente, Ricardo Salles, da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina da Costa Dias, do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, do Turismo, Marcelo Álvaro, presidente do Tribunal de Contas, José Múcio Monteiro, presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Duarte Guimarães, presidente da Agência Nacional de Águas (ANA), Christianne Dias, o vice-governador de Minas Gerais, Paulo Brant, o secretário de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, Germano Vieira, a diretora-geral do Instituto Mineiro de Gestão das Águas (IGAM), Marília Melo, bem como autoridades locais.
Assessoria de Comunicação CBHSF:
TantoExpresso Comunicação e Mobilização Social
*Texto: Luiza Baggio
*Foto: Instituto Espinhaço