Na última quinta-feira (23), foi realizada reunião na modalidade híbrida para o Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco (CBHSF) apresentar a proposta do Modelo de Gestão do Canal Adutor do Sertão Alagoano aos novos gestores da Secretaria do Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos de Alagoas. Além dos gestores da SEMARH, estiveram presentes os representantes da Universidade Federal de Alagoas, da Agência Peixe Vivo e da empresa HIDROBR.
O estudo foi apresentado de forma detalhada por Vitor Queiroz, representante da empresa executora HIDROBR. Ele explicou aos participantes da reunião, ponto a ponto, como o Modelo de Gestão do Canal Adutor do Sertão Alagoano foi elaborado. Rodrigo Flecha, o consultor responsável da HIDROBR, disse que o trabalho, desde o princípio, teve grande dedicação da equipe. “É um trabalho robusto e feito com qualidade. É necessário agora buscar apoio junto aos municípios e demais instituições e órgãos para avançar e assim colocar em prática o estudo que beneficiará centenas de pessoas”.
O coordenador da Câmara Consultiva Regional do Baixo São Francisco, Anivaldo Miranda, iniciou sua fala pontuando a necessidade de debate acerca do Modelo de Gestão do Canal do Sertão. “Este projeto se desenvolveu a partir de um grande esforço do CBHSF que busca alianças institucionais envolvendo a universidade, municípios, conselhos profissionais e outras representações da sociedade, inclusive de usuários das águas e outros segmentos da sociedade civil, no sentido de dar continuidade, depois da conclusão do modelo de gestão, a outras tarefas que serão necessárias para que ele venha a ter plena vigência”, disse.
Já o novo superintendente da SEMARH, Marcelo Ribeiro, que participou da reunião juntamente com o novo secretário, Gino César, disse que a oportunidade foi de conhecer mais detalhadamente o Modelo de Gestão do Canal Adutor do Sertão alagoano. “Vimos a apresentação do trabalho realizado pela empresa HIDROBR a respeito do plano de gestão do Canal do Sertão, que é a segunda maior obra hídrica em curso no Brasil, ficando apenas atrás de um dos eixos da transposição do rio São Francisco. O Canal do Sertão é uma obra muito importante, grandiosa, estruturante e fundamental para o desenvolvimento sustentável do Agreste e Semiárido alagoano, e deve ser tratada com muito carinho. A SEMARH, enquanto gestora, tem que se cercar de todos os cuidados. O CBHSF ofereceu um estudo, no caso o plano, da mais alta categoria que tem sete fases, onde são trazidas informações desde a concepção do canal, modelagem de cobrança, modelo institucional, arranjo jurídico, formas de explorações sustentáveis do canal, bem como as deficiências e desafios para a gestão do canal. É um estudo muito bem elaborado, feito pela empresa HIDROBR, que vai dar subsídios para a SEMARH implementar políticas públicas corretas, adequadas à gestão do canal”.
Ribeiro acrescentou que o estudo será entregue ao governador Paulo Dantas e, a partir disso, será dado o avanço que significará uma grande virada para que o canal tenha o uso das suas águas otimizadas em prol da agricultura familiar, irrigação, mas também reservando uma parcela para o abastecimento humano e a dessedentação animal numa das regiões mais secas do Brasil, o Semiárido alagoano. “É uma obra que garante segurança hídrica e a SEMARH está com muita expectativa recebendo esse estudo”.
Maciel Oliveira, presidente do CBHSF, reforçou a importância de ter um olhar diferente para este grande estudo que tem apoio irrestrito do Comitê. “Nosso trabalho é feito com muita dedicação porque queremos que o Modelo de Gestão do Canal Adutor do Sertão Alagoano seja colocado em prática e necessitamos de grande mobilização para que isso ocorra”, finalizou.
Assessoria de Comunicação do CBHSF:
TantoExpresso Comunicação e Mobilização Social
*Texto: Deisy Nascimento
*Fotos: Deisy Nascimento