O presidente do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco, Anivaldo Miranda, abriu às 10 horas desta quarta-feira, dia 9 de dezembro, no Hotel Catussaba, em Salvador (BA), a XXVI Plenária Extraordinária do CBHSF alertando para a necessidade da urgente implantação do programa de revitalização do rio São Francisco, “porque não podemos falar em um futuro sustentável para a nossa bacia se não encararmos de frente o problema da revitalização”.
Miranda reconheceu o cenário “muito preocupante” que coincide com a realização dessa plenária do CBHSF em Salvador. Um dos problemas é a situação atual do reservatório de Sobradinho, na Bahia, que na última semana alcançou o nível mais baixo de sua história, com apenas 1,1% de volume útil. “Mais uma vez fomos minoria na decisão de reduzir para 800 m3/s a vazão que chega a Sobradinho. Achamos que essa decisão só deveria valer lá pelos meses de fevereiro ou março do próximo ano, e não a partir do dia 15 de dezembro, como querem o governo e o setor elétrico. Deveríamos aguardar um pouco mais para ver o comportamento das chuvas”.
Finalmente, o presidente do CBHSF lembrou os reflexos que uma vazão baixa (atualmente na ordem de 900 m3/s) já vem provocando, inclusive em relação à saúde pública. “Em Piaçabuçu, na foz do São Francisco, o alto grau de salinidade por força da entrada da água do mar já é uma ameaça para os hipertensos. A própria Chesf reconheceu que existem cerca de 400 ações judiciais decorrentes dessa atual vazão. Imagine quando a vazão descer a 800 m3/s…”, observou Miranda.
Na parte da tarde, o debate continua com a mesa-redonda Situação Hidrológica a Bacia do Rio São Francisco, que contará com a presença de especialistas da Agência Nacional de Águas (ANA), Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), Companhia Hidrelétrica do São Francisco (Chesf), Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), além de consultores e membros do próprio CBHSF.
ASCOM – Assessoria de Comunicação do CBHSF