Fala do coordenador da Câmara Consultiva do Regional Submédio São Francisco e reitor da Universidade Federal do Vale do São Francisco,Julianeli Lima, expõe as intervenções de recuperação do rio São Francisco.
Abrindo as discussões sobre as oportunidades de revitalização de bacias hidrográficas brasileiras, Julianeli evidencia o caráter interestadual do Velho Chico, que engloba em torno de 500 municípios em seis estados do país, a maioria deles inseridos no clima semiárido. Segundo ele, as ações em prol da sustentabilidade da bacia hidrográfica precisam levar em conta essas características.
“É importante citar que o Comitê aprovou a deliberação CBHSF91 que prevê a atualização do Plano de Recursos Hídricos da Bacia, e, em seu artigo 2o delegou à Câmara Técnica de Planos, Programas e Projetos o monitoramento de sua implementação, que está dividido em seis eixos de atuação. Dentre eles”, disse o coordenador do CCR, “destaco o eixo 4, que trata da sustentabilidade hídrica do semiárido.” Esse eixo prevê a triplicação do número de cisternas para consumo humano e animal nos próximos dez anos; projetos demonstrativos de aplicação de fontes alternativas à madeira; e mecanismos de convivência com o semiárido.
Ele também enfatizou o uso eficiente dos recursos oriundos da cobrança pelo uso da água. Foram 58 projetos de recuperação hidroambiental da bacia concluídos entre 2012 e 2019, totalizando um investimento de 42 milhões de reais, contemplando em torno de 60 munícipios diretamente,além de 29 outros projetos em fase de elaboração dos termos de referência.
Segundo Julianeli, sua presença no Simpósio Brasileiro de Recursos Hídricos como representante tanto do CBHSF como da UNIVASF evidencia o esforço de “levar a universidade para dentro do Comitê para que ele pudesse explorar ao máximo as características de uma instituição pública de ensino superior.”
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“O CBHSF tem valorizado bastante o processo dialógico com as instituições de ensino superior, e eu estou representando uma universidade federal no Comitê. Esse passo que demos foi muito importante, porque envolveu a academia com seus vários técnicos, professores e estudantes, que têm colaborado na discussão da política de recursos hídricos e na apresentação de propostas de projetos que visam contribuir para a sustentabilidade hídrica nas suas mais diversas esferas. A valorização do envolvimento da academia nos comitês é fundamental, pois é lá que está a capacidade técnica que pode estar a serviço do comitê”, ressaltou Julianeli.
Assessoria de Comunicação CBHSF:
TantoExpresso Comunicação e Mobilização Social
*Texto e fotos: Leonardo Ramos