A notícia da obra da transposição do Rio São Francisco e a chegada dos primeiros trabalhadores trouxeram otimismo aos locais por onde ela passa. Mas a paralisação de alguns trechos da diminuiu a esperança do sertanejo em ver o fim do sofrimento causado pela seca – os trabalhadores partiram, deixando corações saudosos e reduzindo drasticamente a movimentação econômica das localidades. Cisternas, quando chegam, estão vazias. A alegria durou pouco e a realidade volta a ser dura para moradores do Sertão pernambucano.
Em Floresta, viviam em uma agrovila setenta famílias que haviam deixado suas casas há 24 anos para a inundação da barragem de Itaparica. Cinco anos atrás, elas viram a vida mudar outra vez, quando começaram a chegar para morar em um alojamento logo ao lado grupos inteiros de militares destacados para trabalhar na obra da transposição. A comerciante Rosa Feliciano se animou com o movimento – já vendia roupas dentro de casa e decidiu abrir um mercadinho que chegou a vender R$ 10 mil por mês. “Depois eu fui empregando em mercadoria, as pessoas foram indo embora, outros foram deixando de pagar, aí foi caindo, caindo, agora não tem quem pague e pouca gente pra comprar”, conta.
Quando as obras do Exército foram sendo concluídas em Floresta, os militares, que alugaram várias casas, começaram a ir embora. Além de deixaram namoradas desoladas, haviam modificado profundamente a vida do lugar. O mesmo efeito provocaram os trabalhadores de três empresas que se instalaram com a promessa de trazer água pro Sertão.
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Fonte: G1 Pernambuco