O projeto “Nascentes do São Francisco”, executado de forma pioneira na bacia do Velho Chico com o objetivo de remunerar os agricultores que possuem nascentes em suas propriedades e garantem a sua preservação, realizou o primeiro pagamento a esses chamados “produtores de água”. O projeto é executado no município sergipano de Canindé do São Francisco pelo Ministério Público de Sergipe, em parceria com o Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco e outros órgãos.
Nesta etapa inicial, 26 famílias de agricultores receberam a remuneração correspondente a recuperação de uma área de 1,5 hectare. Na localidade, os agricultores se empenharam no replantio e preservação da vegetação das nascentes. Como o trabalho foi realizado de maneira coletiva, o valor de R$ 1.680,00 foi rateado entre as famílias envolvidas.
Os agricultores pertencem ao assentamento Mandacaru I, às margens do rio Curituba, um dos afluentes do São Francisco em Sergipe. A coordenadora do assentamento, Maria das Dores França da Silva, resumiu a alegria dos agricultores remunerados pelos serviços. “Estamos conseguindo recuperar as margens do Rio Curituba. Plantamos, regamos e agora estamos aqui para receber o pagamento pelo reflorestamento. O rio agradece e a gente também”, disse.
O projeto de iniciativa do MP sergipano conta com o apoio da Universidade Federal de Sergipe, Secretaria de Meio Ambiente do Estado (Semarh), Companhia de Desenvolvimento do Vale do São Francisco (Codevasf), Companhia Hidrelétrica do São Francisco (Chesf), Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA), Agência Nacional de Águas (ANA), CBHSF, entre outros, e envolve as atividades de reflorestamento, educação ambiental e estudos socioambientais.
ASCOM – Assessoria de Comunicação do CBHSF