Uma ave de grande porte, imponente, que inspira perspicácia e renovação. É assim que a águia é vista culturalmente, desde civilizações muito antigas, como a do rei Ciro na Pérsia.
Essa ave de rapina, que usa o rio para se alimentar dos peixes, ou as matas para capturar roedores, cobras e coelhos, tornou-se símbolo de resistência e renovação graças a uma fase que ela passa quando atinge a idade de 40 anos. Nessa época da vida suas penas já estão velhas, suas unhas grandes e moles, dificultando a captura de suas presas, e o seu bico muito envergado. É aí que ela se recolhe, geralmente no alto de uma montanha, e começa seu processo de transformação. Depois de bicar inúmeras vezes até que seu bico caia, ela espera ele nascer novamente. Depois disso, com seu novo bico, a águia arranca suas garras velhas. E por fim troca as suas penas, já grossas e pesadas demais para voar. Depois de se renovar a águia vive, em média, mais 30 anos.
No Parque Nacional da Serra da Canastra, onde está a nascente do Velho Chico, no Alto São Francisco, é possível ver algumas espécies de águia, como a águia chilena e a águia cinzenta.