A Agência Nacional de Águas (ANA) voltou a discutir no dia 17 de abril, em Brasília (DF), as condições hidrológicas da bacia do rio São Francisco. Os técnicos do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) confirmaram o quadro desfavorável. Com isso, a previsão é de que a vazão do chamado rio da integração nacional seja reduzida no início de maio do nível atual, de 700 metros cúbicos por segundo (m³/s), para 650 m³/s e, se não houver mudança nesse quadro, uma nova redução já está prevista para 600 m³/s.
O motivo está nas previsões que continuam indicando que, em 2017, a situação poderá se agravar ainda mais na calha do rio, deixando os reservatórios num quadro ainda mais crítico. O setor elétrico trabalha com três cenários: o mais crítico indicaria a possibilidade de captação de água do volume morto em Sobradinho a partir de agosto. Em cenário mediano, essa prática começaria em setembro e, por fim, o menos crítico, a partir de outubro.
Durante a reunião, transmitida por videoconferência para os estados da bacia, o superintendente da ANA, Joaquim Gondim, informou que foram publicadas portarias no Diário Oficial da União (DOU), através das quais o governo federal libera recursos para investimentos em ações voltadas para o abastecimento de água na região do Baixo São Francisco, atingida pela defluência restritiva. Foram destinados R$ 3,7 milhões para investimentos em Alagoas e mais R$ 1,5 milhão para Sergipe, totalizando R$ 5,2 milhões.
O dinheiro será investido em implantação de cinco adutoras: a adequação de sistemas de captação de água em reservatórios, com a aquisição de flutuantes e motobombas; e custeio da operação Carro-Pipa estadual.
O presidente do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco (CBHSF), Anivaldo Miranda, acompanhou a reunião por videoconferência, no escritório do colegiado, em Maceió. O próximo encontro para avaliar a situação hidrológica da bacia do São Francisco deverá ser promovida pela ANA na segunda-feira da próxima semana, dia 24.