As carrancas até hoje representam a cultura da bacia. Elas subiam e desciam o Velho Chico nos vapores e embarcações dos pescadores, que na companhia dessas esculturas enfezadas se sentiam mais seguros dos supostos espíritos e personagens de lendas, que atormentavam quem cruzava o rio.
Esse artesanato popular, saído da mente dos artesãos daquela região, é vendido até hoje em diversos tamanhos, coloridos ou não, e feitos geralmente com madeira. E é aí que entra a Dona Ana, na caracterização das carrancas.
A Ana Leopoldina Santos, ou Ana das Carrancas como ficou popularmente conhecida, fazia as suas esculturas em um material não muito convencional, elas eram feitas em barro. Com um estilo particular, a Ana sempre deixava os olhos das obras de arte vazados, em homenagem ao marido que já nasceu cego. Saiba mais sobre Ana e as carrancas do São Francisco aqui.