Com o objetivo de melhorar áreas degradadas no município de Paulo Afonso (BA) o Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco está financiando a requalificação ambiental através do reflorestamento, limpeza e isolamento da área do Lago Siriema.
A empresa responsável pelo serviço, GOS Florestal, deverá ainda ampliar o viveiro de mudas nativas de médio e grande porte e plantas ornamentais, melhorar o aspecto visual e o potencial para interpretação ambiental e oportunidades de lazer aos usuários dos espaços do entorno do Lago da Seriema, proporcionando também o início da recuperação da biodiversidade local além de mobilizar a sociedade, para conscientizar sobre a importância da preservação e proteção do meio ambiente, assegurando maior sustentabilidade na consolidação de cada projeto e a manutenção das ações implantadas.
O viveiro que atualmente tem capacidade aproximada de 100 mil mudas por ano, ganhará novos módulos, de acordo com a necessidade de produção. Atualmente, o espaço tem construídos quatro módulos. Já no lago Siriema, inicialmente construído para receber o escoamento das águas pluviais e contribuir para o equilíbrio térmico da região, a revitalização contará com os serviços de limpeza do lago com a remoção, carregamento e destinação final de vegetação aquática. Também será feita a retirada da vegetação arbustivo-arbórea, além de entulhos, já que a área encontra-se assoreada.
O coordenador da Câmara Consultiva Regional do Baixo São Francisco, Honey Gama, destacou a importância do serviço para a comunidade lembrando ainda que o município precisa de muitas intervenções ambientais. “A importância desse projeto é o retorno para sociedade dos valores que são cobrados pelos usuários da água bruta do manancial sanfranciscano, refletindo em melhoria da qualidade de vida para população. Porém, o município precisa ainda de muitas melhorias, a exemplo do tratamento dos efluentes que são lançados sem tratamento no rio e que acarreta no crescimento desenfreado de baronesas, uma constante reclamação da população local e dos municípios circunvizinhos”, afirmou.
O trabalho também compreende o isolamento da área, a fim de amenizar ou controlar possíveis fatores de degradação, o que ajudará na requalificação ambiental. Como parte da conscientização ambiental, o projeto prevê a realização de visitas, seminário inicial e duas oficinas com abordagens sobre o saneamento básico, preservação do meio ambiente, coleta seletiva, ecoturismo, entre outros.
Dentre os produtos que devem ser entregues, o Plano de Trabalho, documento formal que estabelece como a empresa irá mobilizar sua equipe para executar as obras, já foi concluído. Além dele, deverão ser entregues Anotação de Responsabilidade Técnica (ART); Relatório de Locação (RL) das intervenções descrevendo a realização de todos os serviços; Execução de todas as intervenções integrantes do Escopo do Projeto; As built, relatório para cada tipo de intervenção e o Relatório de Mobilização Social que deve ser entregue mensalmente, a partir da assinatura da Ordem de Serviço realizada em agosto deste ano.
“Depois da aprovação do Plano de Trabalho, o que já aconteceu, este mês vamos iniciar a instalação das placas e canteiro de obras. Os trabalhos propriamente ditos serão iniciados no próximo mês de novembro”, esclareceu o engenheiro agrônomo da empresa GOS Florestal, Alessandro Vanini.
O trabalho tem o prazo de 14 meses, sendo 12 meses para execução dos serviços, a contar a partir da data de emissão da Ordem de Serviço. O Comitê está investindo R$ 774.937,80.
Assessoria de Comunicação CBHSF:
TantoExpresso Comunicação e Mobilização Social
*Texto: Juciana Cavalcante