A Câmara Consultiva Regional (CCR) do Baixo São Francisco se reuniu de maneira ordinária, na manhã desta terça-feira (28.04), na Câmara Municipal de Propriá (SE). Apesar da logística elaborada para a atividade, não houve quórum para deliberações. Diante da ausência de pelo menos dois membros para dar número mínimo para decisões, o coordenador da CCR, Melchior Nascimento, buscou discutir a viabilidade ou não de projetos de recuperação hidroambiental na região.
Mesmo sem condições de aprovação, o item da pauta contou com a participação do vereador do município Heldes Guimarães e do representante do Ministério Público Estadual, Anderson Estevam, além dos integrantes da CCR. “Propriá tem demandas viáveis para execução e que podem ser apresentadas ao Comitê. Temos, aqui, vários pescadores que não conseguem sobreviver da pesca, mas apenas dos recursos do defeso, só para citar um exemplo”, afirmou o vereador.
Por outro lado, o representante do MPE de Sergipe, Anderson Estevam, reforçou o interesse do órgão em apresentar demandas voltadas para beneficiar os chamados “produtores de água” em Canindé do São Francisco. “Acredito que esse será um projeto que poderá se tornar referência no país inteiro”, avaliou Melchior Nascimento sobre a proposta do MPE/SE.
Membro da CCR, Antonio Jackson defendeu a união de todos os segmentos em defesa do rio São Francisco. “Temos, pelo menos, 504 prefeitos, sete governadores, 21 senadores, 80 deputados federais e poderíamos ter grande influência no caso de união de todos esses representantes”, defendeu ele, fazendo um cálculo breve de todos os gestores e entes públicos inseridos no âmbito da bacia hidrográfica do Velho Chico. “E o que podemos fazer, membros das universidades federais de Alagoas e Sergipe, juntos, para recuperar o rio?”, questionou Antonio Jackson.
No final do encontro, o coordenador da CCR fez uma explanação sobre a mancha identificada no leito do São Francisco, no município alagoano de Delmiro Gouveia, com extensão de aproximadamente 34 quilômetros. Melchior Nascimento explicou a linha de conduta adotada pelo Comitê diante do problema, que é o de trazer todos os representantes institucionais envolvidos no problema, para identificar responsáveis e cobrar reparação de danos ambientais.
ASCOM – Assessoria de Comunicação do CBHSF