Moradores de Várzea do Cerco, em Mulungu do Morro (BA), participaram do Seminário que dá início à execução dos serviços de requalificação ambiental da Nascente do Feijão, importante recurso hídrico do município. O evento teve como objetivo apresentar as próximas etapas da intervenção, que será desenvolvida pela W2 Engenharia LTDA e financiada pelo Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco (CBHSF).
O Seminário aconteceu na Escola José Tiago de Oliveira, no distrito de Várzea do Cerco, cuja comunidade escolar, com o apoio da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, foi a responsável pela elaboração do projeto contemplado pelo CBHSF. “Nosso objetivo sempre foi recuperar a nascente que durante muito tempo foi a única fonte de abastecimento de água dos moradores daqui“, explica Maria da Paz Fratel dos Anjos, coordenadora da escola. Após a elaboração do Termo de Referência que ordena a execução e o monitoramento do projeto, chegou a hora de dar início às obras. “Entre as ações previstas, estão a implantação de bacias de contenção de enxurradas, recuperação de estrada e recomposição florestal”, afirmou o engenheiro sanitarista e ambiental da W2, Weverton dos Santos Ferreira.
Durante o Seminário, foi abordado que a área da nascente será cercada e a vegetação do entorno será recuperada, além da implantação de barragens subterrâneas e barraginhas e da adequação da estrada rural que conduz até a Lagoa. O coordenador da CCR Médio São Francisco, Ednaldo Campos, destacou o engajamento da população: “a execução do projeto é resultado de uma demanda nascida em uma comunidade escolar, promovendo discussões sobre segurança hídrica entre os estudantes. Esse é um ponto muito positivo.”
Ednaldo comentou acerca da demanda pelo projeto
Serão desenvolvidas atividades de mobilização social com o objetivo de engajar a população beneficiada com as intervenções, mantendo abertos os canais de comunicação entre os interessados e promovendo ações de educação ambiental no município. “O entendimento e a participação da população no processo de implantação e manutenção do projeto é fundamental. A mão-de-obra local também será priorizada para trabalhar nas obras”, disse Weverton, acrescentando que entre as atividades estão a realização de reuniões, seminários e oficinas. O prazo para execução do projeto é de 22 meses, contados a partir de junho deste ano.
Assessoria de Comunicação do CBHSF:
TantoExpresso Comunicação e Mobilização Social
*Texto: Mariana Carvalho
*Foto: Leonardo Ramos; Mariana Carvalho